As chuvas que caíram de forma atípica nos últimos meses atrapalharam o trabalho de remoção do entulho que sobrou da parte implodida do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Em decorrência disso, a empresa Britex Rio solicitou à Prefeitura Universitária prorrogação do prazo para retirada do material. A estimativa é entregar a área livre para a universidade até 15 de junho.

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Prazo maior para retirar o entulho do HUCFF

As chuvas que caíram de forma atípica nos últimos meses atrapalharam o trabalho de remoção do entulho que sobrou da parte implodida do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Em decorrência disso, a empresa Britex Rio solicitou à Prefeitura Universitária prorrogação do prazo para retirada do material. A estimativa é entregar a área livre para a universidade até 15 de junho.

Retirada do entulho remanescente da implosão.As chuvas que caíram de forma atípica nos últimos meses atrapalharam o trabalho de remoção do entulho que sobrou da parte implodida do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Em decorrência disso, a empresa Britex Rio solicitou à Prefeitura Universitária (PU) prorrogação do prazo para retirada do material. A estimativa é entregar a área livre para a universidade até 15 de junho e não mais em fevereiro, como previsto.

A Britex Rio iniciou as atividades no dia 15 de setembro do ano passado para retirada e processamento dos resíduos resultantes da implosão dos blocos AI, AII e B do HUCFF. Na solicitação entregue para a Prefeitura, a empresa argumenta também a necessidade de cuidados especiais para adequar o trabalho de desconstrução à proximidade do hospital, evitando trazer prejuízos a pacientes, profissionais e equipamentos.
 
De acordo com o vice-prefeito da Cidade Universitária, Paulo Mario Ripper, é compreensível a solicitação da empresa, que processou a metade do entulho. “Entendemos que há uma diferença grande do material processado aqui com o do moinho que havia nas proximidades do Porto do Rio. A pilha de lá é mais vermelha, por ser resultado de material de alvenaria (tijolos, telhas, blocos cerâmicos e terra), enquanto quem passa perto do HUCFF verifica montes de cor cinza, provenientes do concreto processado, que é mais difícil de ser triturado”, disse.
 
Em torno de 55 mil metros cúbicos já foram retirados do que sobrou da Ala Sul do hospital. O engenheiro da Britex Rio, Paulo da Matta, explicou que as águas da chuva prejudicam a operação das máquinas e colocam em risco os 12 operários que trabalham no canteiro ao longo do dia. Segundo ele, além de mais difícil o processo de trituração do concreto molhado, há muitos cabos elétricos expostos em área descoberta.

A técnica utilizada para beneficiamento do entulho, que precisa ser triturado e depois peneirado, já resultou em 12 mil metros cúbicos de material amarelo e cinza, que é empregado principalmente na pavimentação de estradas. A implosão da Ala Sul do Hospital Universitário ocorreu em dezembro de 2010, seis meses após a ruptura de dois pilares ter comprometido a estrutura da área. Hoje, a UFRJ monitora todo o prédio, onde acontece o atendimento clínico e ambulatorial, com pleno controle do comportamento de toda a estrutura do HUCFF.