Explorar as questões da simetria através de novos conceitos pode ser algo extremamente promissor para diversas áreas, como assegurou o matemático francês Pierre Cartier na conferência de abertura do Primeiro Colóquio Franco-brasileiro de História Conceitual da Matemática, realizada na sexta-feira (21/8) no auditório do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ).
“A visão dada à simetria é muito restrita. Simetria vai além da ideia de identificação. É necessário se pensar sobre essa questão e adequar o conceito a uma ideia de separação de grupos. Esses novos pensamentos podem levar a aplicações técnicas em diferentes áreas, como a biologia, saindo do quadro restrito da matemática e da física”, explicou Pierre Cartier. O matemático também exemplificou a evolução das teorias de noção de espaço, exaltando seus principais teóricos: Euclides, Newton e Einstein.
Realizado pelo Instituto de Matemática (IM) da UFRJ, o evento faz parte das comemorações do ano da França no Brasil. “A história do Instituto de Matemática está muito entrelaçada com a França. Muitos de nossos professores tiraram doutorados ou pós-doutorados em universidades francesas. Além disso, renomados matemáticos franceses estiveram aqui no instituto, apresentando palestras ou ministrando cursos. Isso demonstra o quão forte é essa interlocução“, ressaltou o diretor do IM, Waldecir Bianchini, durante a mesa de abertura do colóquio.
Com palestras de diversos pesquisadores brasileiros e franceses, o Primeiro Colóquio Franco-brasileiro de História Conceitual da Matemática vai até sexta-feira (28/8).