A organização internacional DOCOMOMO (Documentação e Conservação da Arquitetura do Movimento Moderno) realizou nesta sexta, dia 12, a primeira edição do Encontro DOCOMOMO Rio – Panorama do Moderno Fluminense, no Salão Moniz de Aragão, que fica no Campus da Praia Vermelha da UFRJ. O evento, que prossegue neste sábado, dia 13, tem como tema a preservação e conservação da arquitetura moderna no estado do Rio de Janeiro.
A cerimônia de abertura contou com a participação de figuras importantes da arquitetura brasileira, como Gustavo Rocha Peixoto, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), Carlos Eduardo Comas, presidente do DOCOMOMO do Brasil, e Marcos Konder Neto, um dos integrantes do movimento moderno carioca.
Konder apresentou o surgimento e desenvolvimento da arquitetura moderna do Rio de Janeiro, que revolucionou os padrões clássicos da época. “Fomos contra a maré acadêmica”, afirmou o arquiteto. Ele citou vários artistas dessa época e grandes trabalhos modernistas, como o Ministério da Educação e da Saúde, o Museu de Arte Moderna (MAM) e o Aterro do Flamengo.
O evento, que tinha como objetivo apresentar as ações realizadas por institutos de preservação na cidade, também contou com uma mesa redonda, da qual participaram Carlos Fernando Andrade, superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e Roberto Anderson Magalhães, arquiteto do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC).
Andrade ressaltou o tombamento de monumentos modernos, como a Estação de Hidroaviões, o Museu Chácara do Céu, o prédio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Já Magalhães, além de apresentar a definição de patrimônio cultural como “algo que compõe a memória coletiva da sociedade”, citou o Parque Laje, o Teatro Municipal e o Sambódromo como exemplos de patrimônios do INEPAC.
Os outros integrantes da mesa foram Fernando Fernandes de Mello, Paulo Vidal e Denise Nogueira, que representaram as secretarias que tratam da preservação da arquitetura, respectivamente, nos municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Niterói. Eles abordaram como as prefeituras atuam na conservação de monumentos e quais ações estão sendo desenvolvidas na área. Mais informações, acesse aqui.