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Os estudantes que se aventuram no muro de escalada do Projeto Calango – uma das atividades de extensão da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – se deparam com um desafio a mais: ao longo da escalada, também é preciso realizar algumas atividades que vão além da ação esportiva.
Tradicionalmente, as agarras que dão suporte à escalada proposta pela EEFD-UFRJ são feitas no formato de letras e números, elementos que a criança ou adolescente escolhem e utilizam para lhe dar apoio conforme vai subindo o muro. Quando chega mais próximo do topo, também é preciso realizar contas matemáticas, completar algumas palavras e pintar desenhos em papéis colados na parede.
– Acreditamos no conceito da transdisciplinariedade, relacionando a atividade física ao Português, à Matemática. Além disso, há o exercício da decisão na hora de subir e a questão da superação pessoal, que nós sabemos que fica no inconsciente da criança -, declara Luiz Felipe Cavalcante, estudante de Educação Física, um dos coordenadores do Projeto Calango e membro da Coordenação de Extensão da EEFD-UFRJ.
A escalada do Projeto Calango permite a percepção das ações de coordenação e controle motor, da linguagem corporal, tudo isso associado a questões de outras áreas de conhecimento, como Lógica e Física. Após escalar, os jovens também podem criar esculturas do muro, além de expressar em desenhos a experiência vivida na atividade, estabelecendo uma relação com seu imaginário.
– A transdisciplinariedade presente no desenvolvimento pleno das crianças e dos adolescentes é a palavra chave do Projeto Calango -, afirma o professor Armando Alves de Oliveira, coordenador de Extensão da EEFD-UFRJ. Segundo ele, nada impede que se trabalhe a questão esportiva ou do lazer, mas o grande foco do Projeto, hoje, é pedagógico.
Não precisa ter medo
De acordo com Armando, não há a possibilidade de riscos na atividade do muro de escalada. “Esta oficina montada na Semana de Ciência e Tecnologia da UFRJ é uma atividade física absolutamente controlada, com a presença de equipamentos de segurança e monitores com experiência comprovada, e que são constantemente reavaliados”, garante o professor da EEFD-UFRJ.
O muro de escalada é levado muito a sério: desde o início do projeto, este sempre foi considerado um trabalho acadêmico que conta com a participação não apenas dos estudantes de Educação Física, mas também da Escola de Belas Artes, Faculdade de Letras e Engenharias. Com esse intercâmbio de conhecimentos, foi possível entender o melhor material a ser utilizado na construção do muro (compensados navais) e desenvolver os moldes para a criação das agarras específicas, por exemplo.
– A montagem, a construção lógica, o desenho das linhas de escalada, a distribuição das agarras de forma pedagógica e clara, tudo isso é feito com a nossa presença e a de outros profissionais, como o de Engenharia Civil, entre outros -, informa Armando.
O muro montado hoje no evento da UFRJ tem menos altura que de costume, mais área de construção e a capacidade para receber em torno de 300 crianças por dia. A escalada permanecerá à disposição dos visitantes da Semana de Ciência e Tecnologia da UFRJ, entre os dias 03 e 06 de novembro, no Hangar – Ilha da Cidade Universitária.
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