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Diversidade na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia atrai jovens

 Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que acontece em todo o território nacional, a Universidade Federal do Rio de Janeiro cumpre uma extensa programação. As atividades estão concentradas no Hangar da Ilha da Cidade Universitária, que se transformou em um grande centro de exposições, com direito a espetáculos teatrais, muro de escalada e oficinas. Além de passeios de barco pela região e noções básicas de vela para os participantes, podendo assumir o comando da embarcação sob a supervisão do instrutor.

Essas são apenas algumas das várias atrações que alunos e visitantes poderão experimentar até o dia 6 de agosto quando encerram-se as atividades. Nesse contexto, o Olhar Vital destacou algumas oficinas que mobilizam a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades científicas e a inovação.

Saúde Bucal

Promovida pelo centro acadêmico da Faculdade de Odontologia da UFRJ tem o objetivo de melhorar a parte social, e promover uma maior integração entre a faculdade e a sociedade. Estudantes de Odontologia ensinam o melhor método de escovação, e quais os erros que a pessoa está cometendo ao escovar os dentes. Os participantes aprendem onde não estão conseguindo higienizar direito durante a escovação. Para isso é utilizado um material que faz a coloração da placa, e mostra onde a escova não alcança. Os voluntários são levados a escovar os dentes na frente de um espelho, e o aluno de orienta sobre a forma mais adequada para o método. Depois é orientada ainda a utilização do fio dental, explicando como ele deve ser utilizado e quantas vezes ao dia; finalizando-se com a fluoretação.

– Achei muito interessante a iniciativa, nem sempre a faculdade tem essa possibilidade de se interagir com a população. Os alunos, muitas vezes, ficam muito presos às aulas. Esse é um modo de nós, alunos, prestarmos um serviço à comunidade, dando um pouco de tudo o que aprendemos e recebemos dentro da universidade –, afirma Tatiana Kelly da Silva, aluna do 8º período da Faculdade de Odontologia.

Quem visitar a oficina poderá aprender a importância da higienização bucal e maneiras de prevenir cáries e outras doenças. Além disso, aprenderá a utilizar corretamente escova e pasta; sobretudo, quanto a saúde bucal é indispensável para manter o resto do corpo saudável.

Papo-Cabeça

Trata-se de um Programa de Orientação e Saúde Reprodutora para Adolescentes da Faculdade de Medicina, em conjunto com a Maternidade-Escola. O grupo visita escolas há 11 anos fazendo palestras voltadas para a sexualidade, gravidez na adolescência, e cidadania. O Programa visa orientar não somente os adolescentes, como também os pais, corpo docente e funcionários das escolas.

O projeto foi criado por um médico e professor da UFRJ, professor Leonídio, que no ano de 1996 trabalhava na Maternidade Escola com uma psicóloga e uma assistente social, começaram a pensar em uma alternativa para minimizar o aumento signficante de adolescentes grávidas atendidas na Maternidade. Assim, surgiu a idéia de trabalhar as questões de gravidez e sexualidade com essas meninas, a fim de elas começarem a refletir mais sobre seu futuro. O melhor local para o assunto era a escola, lugar de formação e de educação para essas adolescentes.

O programa tem vários projetos “filhotes”. Um desses projetos é o Papo-Cabeça na Praça, que consiste em participar de eventos externos e itinerantes; como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

– Aqui há atividades de exposição de métodos contraceptivos e há barrigas construídas com material alternativo de baixo custo que demonstram a transmissão de doenças durante o período da gestação. Temos um jogo da velha, o jogo dos sexos, com perguntas relacionadas a conhecimentos sobre a sexualidade. Além de muitas outras atividades –, explica Paula Kropf, assistente social do Papo-Cabeça.

Quem vier para esse stand pode acessar informações sobre a gravidez, a sexualidade, as doenças sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos, além de poder refletir sobre essas questões de uma maneira bem prática, brincando com as cores, com os jogos, pegando nos objetos, fazendo suas próprias descobertas. “A verdade é que, na maioria das vezes, os adolescentes sabem das coisas, mas não sabem lidar com essas tais coisas. Então, a grande questão é desenvolver um trabalho que proporcione a informação e a sensibilização.”

Florestas na Terra e no Mar

Nessa oficina montada para a Semana de Ciência e Tecnologia, mostra-se um pouquinho da diversidade das algas marinhas. “Explicando que elas ocorrem em todos os oceanos e litorais. E falando um pouco também sobre a diversidade dos fungos; desde o aproveitamento econômico deles, até os problemas que podem causar. Sendo que a ênfase nessa Semana é sobre as coisas boas trazidas por eles. Principalmente seu papel de decompositores da natureza, sem os quais tudo continuaria aí, e não retornaria ao nosso ciclo de vida.”, explica a professora Cristina Nassar, do Instituto de Biologia da UFRJ.

Segundo ela a biologia já tem uma tradição de mostrar, de um modo geral, o que faz para as pessoas. Assim, nós comumente saímos nas ruas, praias e outros lugares a fim de repassar nosso conhecimento. Levamos para a população insetos, animais e plantas para, com isso, despertar o interesse pela biologia e pela vida. Portanto, a iniciativa de promover essa oficina é mais uma das nossas atividades de extensão –, afirma Cristina Nassar, professora do Instituto de Biologia.

Na oficina montada para a Semana de Ciência e Tecnologia, há uma amostra da diversidade das algas marinhas. “Explicamos que elas ocorrem em todos os oceanos e litorais. Falamos um pouco também sobre a diversidade dos fungos; desde seu aproveitamento econômico até seus efeitos problemáticos. A ênfase nessa Semana é para suas boas participações. Principalmente seu papel de decompositores da natureza, a promoção da renovação; sem estes fungos tudo continuaria aí, não retornaria ao nosso ciclo de vida”, explica a professora.

Ao visitar o stand, os participantes conhecem de perto exemplos da diversidade de algas existentes na costa dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Há algas verdes, pardas e vermelhas; cada grupo tem uma coloração específica em função de sua composição e do pigmento. Há ainda algas indicadoras de locais poluídos, muitas vezes reconhecidas pelos participantes da oficina porque são iguais àquelas que vêem nas praias. Aqui estão todos aprendendo um pouco sobre cada coisa.

– Existe no mar uma floresta submersa, feita de algas. No nosso litoral as algas não são muito grandes, mas existem algas na Califórnia que chegam a 60 metros de comprimento. São verdadeiras florestas! Há ainda animais grandes, lontras e tubarões, vivendo entre elas; além de uma infinidade de microorganismos, animais e plantas pequenininhas –, diz Cristina.

Além de tudo, a oficina mostra ainda produtos presentes no nosso dia-a-dia baseado em substâncias extraídas de algas. “Muitas pessoas não sabem nem o que são algas, nem que delas se extrai alguma coisa usada habitualmente. Por isso, surgiu a iniciativa de promover essa oficina, a fim de informar um pouco melhor às pessoas”, conclui a professora.

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