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O Elixir do Amor está no fim

A montagem da ópera confirma os resultados positivos do projeto Ópera na UFRJ. criado na Escola de Música

A última oportunidade para assistir à ópera O Elixir do Amor, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, é neste domingo, 28/4, a partir das 17 horas. A nova montagem retornou ao palco em abril, depois de duas décadas desde a última apresentação. Encenada em dois atos, a obra de Gaetano Donizetti com libreto de Felice Romani, conta regência de Felipe Prazeres e com a participação do Coro da casa. O elenco encena a história de um camponês que se apaixona pela proprietária das terras. A paixão de Nemorino por Adina, leva o agricultor a  ser enganado por um médico charlatão que lhe oferece um poderoso elixir que cura todos os males físicos e amorosos.

A montagem da ópera “O Elixir do Amor”, confirma os resultados positivos do projeto Ópera na UFRJ. criado na Escola de Música em 1994. O projeto sempre buscou proporcionar aos estudantes dos cursos de Música, Belas Artes e Direção Teatral uma formação específica no universo da ópera e seus subgêneros e a experiência prática de colocar um espetáculo em cena e apresentá-lo ao público. Desde sua criação foram levadas ao palco do Salão Leopoldo Miguéz 26 produções, abrangendo o repertório internacional de diferentes épocas e a ópera brasileira, inclusive com estreias. A ópera em cartaz no Municipal, confirma no meio profissional e nos principais teatros brasileiros dedicados ao gênero, os resultados do projeto.

No elenco estão Michele Menezes e Carolina Morel no papel de Adina, Guilherme Moreira, no papel de Nemorino e Murilo Neves, como Dulcamara, todos ex-alunos de canto da Escola de Música que participaram de diversas produções do Ópera na UFRJ. Não é apenas no elenco de cantores que um dos mais longevos e efetivos projetos de extensão da Escola de Música mostra sua importância na formação de profissionais para a ópera, mas também na direção musical, na direção cênica e na equipe criativa.

Felipe Prazeres, integrante da Orquestra Sinfônica da UFRJ e atualmente cedido para a Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde é o Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal (OSTM). Felipe teve sua primeira experiência com a regência de ópera enquanto aluno do Programa de Pós-Graduação Profissional da Escola de Música, quando desenvolveu um trabalho sobre a regência de recitativos e participou do Ópera na UFRJ como regente da ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart, uma produção de 2018.

Como Regente Titular do Coro do Theatro Municipal está Edvan Moraes, outro egresso da Escola de Música e do Ópera na UFRJ. Edvan participou de várias de nossas produções como cantor e pianista, mas concluiu o Bacharelado em Regência como um dos regentes de “Cosi fan tutte”, de Mozart, em 2012. Quem assina a concepção e direção cênica é Menelick de Carvalho. Além das solistas sopranos Michele e Carolina (Adina), os tenores Anibal Mancini e Guilherme Moreira (Nemorino), os barítonos Vinicius Atique e Santiago Villalba (Belcore), os baixos Savio Sperandio e Murilo Neves (Dulcamara) e a mezzosoprano Fernanda Schleder (Gianetta) compõem o elenco.

A Escola de Belas Artes marca presença na produção de “O Elixir do Amor” no Theatro Municipal através dos cenários e figurinos de Desirée Bastos, que também participou de várias produções do Ópera na UFRJ.