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Equipe da UFRJ vence competição latino-americana de foguetes experimentais

Alunos já conquistaram o terceiro lugar na competição mundial e buscam agora divulgar as tecnologias que desenvolvem em outros desafios

Alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro trouxeram mais um troféu para casa no mês de agosto. As equipes Minerva Rockets e Sats levaram o primeiro lugar geral do Latin American Space Challenge (Lasc) 2023, a competição latino-americana de foguetes, logo após alcançarem o ouro na categoria para foguete de 3 quilômetros de alcance com propulsão sólida.

A vitória teve destaque na mídia. Veículos da imprensa como O Globo e Extra, além da Agência Brasil e do SBT, repercutiram o feito dos graduandos.

SBT Brasil, principal jornal da emissora, deu destaque à vitória dos estudantes da UFRJ | Vídeo: SBT

A competição experimental de engenharia de foguetes e satélites contou com estudantes de 15 países e aconteceu entre os dias 24 e 27/8 em Cabo Canavial, Tatuí, interior de São Paulo. O Lasc é a segunda maior competição no planeta nessa categoria e concluiu sua quinta edição com mais de 145 projetos participantes.

Não é a primeira vez que a UFRJ ganha uma medalha no Lasc. Júlia Ferreira, presidente da Minerva Rockets, conta que, na edição do ano passado, o prêmio de melhor nanossatélite da América Latina foi para a equipe, além do terceiro lugar na competição mundial (Spaceport America Cup) de 2022.

Foto: Reprodução

Com apoio financeiro do Instituto Reditus, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de janeiro (Faperj) e da TI Safe, a equipe composta por 48 estudantes da graduação utiliza os espaços do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ) para desenvolver satélites e foguetes. A orientação é dos professores Otto Corrêa Rotunno e Alexandre Landesmann, do curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica (Poli/UFRJ) e da Coppe, respectivamente. Inúmeros trabalhos de conclusão de curso partiram de pesquisas realizadas por eles na oficina. 

Júlia descreve o sentimento de ter levado o ouro para casa como “alegria, honra e responsabilidade”, e ressalta a importância que as competições tiveram para a sua graduação: “Minha relação com a equipe mudou completamente minha relação com a faculdade em si, estágio, trabalho… Amadureci muito e tive oportunidades que jamais me vi tendo, como viajar para os Estados Unidos para uma competição mundial”.

A atual presidente do grupo orgulha-se do caminho que eles trilharam após dois anos de pandemia e apresenta quais os próximos passos para a Minerva Rockets: “Nosso atual projeto, já em desenvolvimento, é um foguete de propulsão híbrida. Além disso, vamos lançar dois artigos científicos pelo subsistema de Experimentos de Satélites e estamos com mais alguns planos. Nossa principal meta é tornar o Grupo de Pesquisas Aeroespaciais, formado pela Rockets e Sats, um polo de pesquisa do setor no Rio de Janeiro”.

*Com informações do CT.