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UFRJ elabora listas tríplices para nova Reitoria

Roberto Medronho e Cássia Turci encabeçam listas tríplices para Reitoria que dirigirá a Universidade de 2023 a 2027

Na manhã desta terça-feira (16/5), o Colégio Eleitoral da UFRJ se reuniu para elaborar as listas tríplices para reitor e vice da próxima gestão, conforme determina a Lei 9.192/95. O Colégio decidiu a favor do professor Roberto Medronho e da professora Cássia Turci para a liderança das listas dos cargos de reitor e vice-reitora. A sessão foi transmitida no canal da UFRJ no YouTube.

  • Reveja ou releia a entrevista que Medronho concedeu ao Conexão UFRJ sobre suas propostas para a Universidade.

Composição das listas tríplices

Reitor:

  1. Roberto Medronho – 87 votos
  2. Walter Suemitsu – 2 votos
  3. Luiz Eurico Nasciutti – 1 voto

Vice-reitor(a):

  1. Cássia Turci – 85 votos
  2. Flávio Martins – 2 votos
  3. Afrânio Barbosa – 1 voto

Os candidatos a reitor e a vice se inscreveram durante a sessão.

Composição do Colégio Eleitoral atende à legislação

O Colégio Eleitoral, atendendo ao que preconiza a legislação, conta com, pelo menos, 70% de docentes. O processo considera o exercício da autonomia universitária, prevista e garantida pelo artigo 207 da Constituição Federal.

O Colégio Eleitoral da UFRJ é formado pelos conselheiros de todos os colegiados superiores da Universidade, que decidiu que o voto seria aberto | Foto: Ana Marina Coutinho (SGCOM/UFRJ)

O Colégio Eleitoral foi formado por todos os conselheiros do Conselho Universitário (Consuni), Conselho de Ensino de Graduação (CEG), Conselho de Curadores (Concur), Conselho de Ensino para Graduados (Cepg) e Conselho de Extensão Universitária (CEU).

O voto foi aberto e uninominal, de forma que cada conselheiro falou ao microfone um nome para reitor e outro para vice. A sessão especial foi realizada no auditório do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ) e presidida pelo reitor em exercício, Carlos Frederico Rocha, que parabenizou a nova Reitoria eleita.

O que acontece agora?

 A Universidade encaminhará, ainda nesta terça-feira (16/5), as listas tríplices ao Ministério da Educação (MEC) para homologação e, em seguida, a pasta encaminha para nomeação pela Presidência da República. Embora a lista tríplice para vice-reitor(a) seja enviada a Brasília, a nomeação do cargo é feita pelo reitor.

Em seguida, o MEC organizará cerimônia de posse em Brasília e, depois, a UFRJ realizará cerimônia de transmissão de cargos, no Rio, para início do mandato que segue até 2027. Ainda que a nomeação seja esperada para junho e a posse em julho, estas etapas podem ser antecipadas pelo MEC, já que o cargo de reitor está vago desde a saída de Denise Pires de Carvalho para a Secretaria de Educação Superior. Desde então, Carlos Frederico Rocha permanece como vice-reitor, no exercício da Reitoria.

Quem são o reitor e a vice-reitora eleitos

Reitor: Roberto Medronho, professor da Faculdade de Medicina

Roberto Medronho, da Faculdade de Medicina, foi escolhido pelo Colégio Eleitoral da UFRJ para ser o novo reitor | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Roberto Medronho, professor titular da Faculdade de Medicina (FM), hoje é coordenador do Laboratório de Epidemiologia das Doenças Transmissíveis. É também doutor e mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Graduado em Medicina pela UFRJ, o pesquisador fez residência médica em Medicina Preventiva e Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e em Pediatria pelo Hospital Federal da Lagoa. Foi diretor da FM de 2011 a 2020 e também do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc), além de ter coordenado o Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Pandemia de Covid-19 (GT-Coronavírus) da UFRJ. Veja currículo completo.

Vice-reitora: Cássia Turci, professora do Instituto de Química

Cássia Turci, do Instituto de Química, foi escolhida pelo Colégio Eleitoral da UFRJ para ser a nova vice-reitora | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Cássia Turci é professora titular do Instituto de Química. Atualmente, é decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN). É doutora em Físico-Química pela UFRJ, com período sanduíche pela Universidade McMaster (Canadá), onde também fez seu pós-doutorado. Mestre em Química pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), tem três especializações; entre elas, uma na área de radiação pelo Centro Internacional de Física Teórica (Itália). A pesquisadora é graduada em Engenharia Química pela Escola de Engenharia Mauá. Foi diretora do Instituto de Química de 2004 a 2012 e de 2013 a 2017. Além disso, coordenou o Grupo de Trabalho (GT) Álcool, que funcionou durante o período crítico de covid-19 e produziu mais de 150 mil litros de álcool, gerando uma economia de cerca de R$ 1,5 milhão aos cofres da UFRJ. Veja currículo completo.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro

O icônico campus Praia Vermelha da UFRJ é um dos quatro campi da Universidade | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

A UFRJ é a primeira instituição oficial de ensino superior do país, com atividade desde 1792, em razão da existência da sua Escola Politécnica, a sétima escola de Engenharia do mundo e a mais antiga das Américas. Organizada como universidade em 1920, a UFRJ tem presença registrada nas dez melhores posições dos mais diversos rankings acadêmicos na América Latina, com o melhor curso de Engenharia Naval e Oceânica das Américas (à frente, inclusive, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts − MIT). A instituição conta, hoje, com 175 cursos de graduação, 315 de especialização, 224 programas de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e mais de 1,5 mil projetos de extensão.

Maior universidade federal do Brasil, a UFRJ tem em seu corpo social cerca de 65 mil estudantes (anualmente, 5 mil se formam na graduação e 2,6 mil dissertações e teses são produzidas), 4,1 mil docentes (nove em cada dez têm doutorado), 8,1 mil técnicos-administrativos, incluindo aqueles que atuam nas unidades hospitalares da instituição. Assim, sua comunidade acadêmica é maior que as populações de Búzios e Paraty somadas, fazendo com que a UFRJ tenha estrutura similar à de um município de médio porte. Só a Cidade Universitária, seu campus principal, conta com circulação diária de cerca de 100 mil pessoas.

Compatível com seu grau de relevância estratégica para o desenvolvimento do país, a UFRJ formou uma série de alunos notáveis, como Osvaldo Aranha, indicado ao Prêmio Nobel da Paz; os escritores Jorge Amado e Clarice Lispector; o arquiteto Oscar Niemeyer; os médicos Oswaldo Cruz e Carlos Chagas; a jornalista Fátima Bernardes; e o matemático Artur Ávila, primeiro latino-americano a receber a Medalha Fields, prêmio oferecido a matemáticos com até 40 anos e considerado equivalente ao Nobel.

Uma das instituições que mais produzem ciência no Brasil, a UFRJ tem dois campi fora da capital fluminense: um em Macaé e outro em Duque de Caxias. Com projetos de ponta nas áreas científica e cultural, a antiga Universidade do Brasil tem sob seu escopo nove hospitais universitários e unidades de saúde, 19 entes museais, 1.456 laboratórios, 43 bibliotecas e um parque tecnológico de 350 mil metros quadrados, com startups e empresas de protagonismo nacional e internacional.