Em Sessão Solene do Conselho Universitário, ocorrida na última segunda-feira, dia 17 de dezembro, foi concedido o título de Honoris Causa ao doutor Marcos Fernando de Oliveira Moraes, presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM). A cerimônia aconteceu no Auditório do Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC-UFRJ) e teve como anfitrião o reitor da universidade e também professor, Carlos Levi.
Marcos Moraes, que é cirurgião oncológico, tem mais de 50 anos dedicados à medicina. Na década de 1990, foi responsável por uma revolução no atendimento aos pacientes com câncer, durante seus quase nove anos à frente do Instituto Nacional do Câncer (Inca), época em que foram incorporados ao instituto três novas unidades hospitalares.
No campo da pesquisa oncológica, Moraes é o coordenador do Programa de Oncobiologia da UFRJ, uma rede de pesquisa sobre a biologia do câncer, que teve início nos anos 2000 com apenas 13 pesquisadores, e atualmente conta com mais de 300, de diversas instituições, como Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e o próprio Inca, além de diversos institutos da UFRJ.
Durante sua carreira profissional, Moraes recebeu inúmeras distinções, entre as quais o prêmio Octavio Frias de Oliveira, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), e a medalha de mérito Oswaldo Cruz. Recentemente, foi agraciado com o prêmio Fundação Conrado Wessel (FCW) na área de medicina.
Na cerimônia, Moraes mostrou que é digno de todas essas premiações por ter um perfil renomado, com qualidades de talento, inovação, liderança, abrangência social, trabalho incansável, integridade e ética, com reconhecimento nacional no campo da ciência.
O médico falou da sua luta contra o tabaco e as indústrias do setor. Através da Fundação do Câncer e em parceria com o Inca, incentiva campanhas de combate ao fumo. “Hoje, o Brasil tem um dos melhores programas de controle do tabagismo do mundo, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde. O Brasil está entre os países com maiores taxas de ex-fumantes”, ressaltou, completando que “a Fundação do Câncer colabora ativamente nas ações de mobilização social, em parceria com outras instituições, e defende medidas como a lei federal de ambientes fechados livres de fumo, a proibição de aditivos, como sabores e aromas, nos produtos de tabaco e sua propaganda nos pontos de venda, além de aumentos constantes de impostos e preços de produtos de tabaco”.