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Reitoria da UFRJ é contra corte de ponto

Após publicação de nota oficial, reitor da UFRJ, reiterou, na quinta-feira, 12, apoio a reivindicações do comitê de greve da universidade.

Após publicação de nota oficial, esta semana, em que afirma serem necessários avanços nas negociações entre Governo e servidores, o reitor da UFRJ, Carlos Levi, reiterou, na manhã da quinta-feira, 12, apoio a diversas reivindicações do comitê de greve da universidade, durante ato de ocupação da Reitoria, realizado por técnicos-administrativos, estudantes e professores grevistas.

O ato de protesto, iniciado na quarta-feira, marcou insatisfação do movimento com o ritmo das negociações e teve como objetivo cobrar posicionamentos da Reitoria e do Conselho Universitário da UFRJ – Consuni quanto ao corte de ponto de servidores em greve, sugerido pela Secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público e pela Secretaria de Gestão Pública do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os manifestantes solicitaram, ainda, uma audiência pública com o reitor, para tratar da possível instalação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, na universidade.

“Não vamos aceitar a orientação de corte de ponto, ao contrário, vamos sustentar e apoiar a reabertura das negociações para as resoluções justas”, disse Levi. “Devemos nos manter unidos em relação a essa postura de focar esforços reivindicatórios”, afirmou.

“Nosso movimento cumpriu todos os prazos legais, inclusive os calendários estabelecidos em reuniões com o Governo para apresentação de uma contraproposta e está amparado nas diversas leis e pareceres existentes na Justiça Federal, que regem o assunto”, disse Chantal Russi, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ.

Apesar da falta de quórum para deliberações no Consuni, todas as opiniões foram ouvidas pela direção da universidade, que não considerou oportuno agendar audiência pública sobre a EBSERH. Para Carlos Levi, ainda não é claro o modo como o Governo Federal pretende estabelecer contrato entre a Empresa e universidades. O reitor lembrou ainda que a UFRJ precisa de investimentos para seus hospitais universitários e não seria uma decisão simples ignorar o aporte de recursos vindos com a Empresa.

“Não há posições concretas para discutir agora. A universidade quer conhecer, antes, os pontos e vai utilizar o espaço que for necessário para discuti-los. Estamos empenhados em buscar esclarecimentos e cabe à universidade interpretar e decidir se a Empresa seria uma alternativa conveniente ou não”, disse Levi.

Governo agenda negociação

O Governo Federal agendou para esta sexta-feira, 13, reunião com representantes das instituições federais de ensino. A categoria, em greve desde 17 de maio, será recebida pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, às 15h.