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Professor da UFRJ fala sobre diagnóstico da tuberculose

Classificada como uma doença negligenciada, por estar frequentemente associada à pobreza, a tuberculose ainda representa um desafio para a saúde pública. O estado do Rio de Janeiro apresenta a maior taxa de incidência da doença no país (71,8 casos por 100 mil habitantes), segundo o Ministério da Saúde.

De acordo com matéria publicada no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o professor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) da UFRJ, José Manoel de Seixas, alerta para a criação de bactérias mais resistentes a partir da elevada taxa de abandono do tratamento. “A demora no diagnóstico e a baixa efetividade dos programas de controle são alguns dos fatores que justificam a alta incidência da doença no estado”, explicou.

O professor coordena um projeto que coloca a tecnologia da informação a serviço do diagnóstico da tuberculose pulmonar. O objetivo é ir além da proposta do Ministério da Saúde de priorizar apenas a identificação de pessoas com tosse de duração superior a três semanas.

A iniciativa, contemplada pela Faperj com o Edital de Apoio às Engenharias, resultou na criação do Sistema Neural TB. “O software é uma ferramenta de apoio aos médicos e demais profissionais da saúde para tornar o diagnóstico da tuberculose mais rápido e eficiente”, resume Seixas.