Nessa quarta (05/05), foi realizado o segundo dia da III Jornada Científica de Enfermagem Obstetrícia e Neonatal e da VIII Semana de Enfermagem na Maternidade Escola (ME) da UFRJ. Além de Antonia Lucia Marins Guimarães, diretora do Serviço de Enfermagem da ME-UFRJ e coordenadora do evento, fizeram parte da mesa, o professor Joffre Amim Junior, diretor da unidade, Ângela Maria La Cava, representando a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN) e Ivo Basílio, coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da ME-UFRJ.
Rosane C. Burla de Aguiar, doutoranda da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, da Universidade Federal Fluminense (UFF), apresentou a palestra Crianças com necessidades especiais de saúde – da UTI para casa. A especialista faz parte do Núcleo de Pesquisa de Enfermagem em Saúde da Criança da Escola de Enfermagem Ana Nery (EEAN) da UFRJ, e promove um Grupo de Estudo, todas as sextas-feiras na unidade.
A doutoranda explicou que, apesar do aumento de políticas públicas para o recém-nascido – como o método Mãe Canguru, que trouxe promoção e apoio ao aleitamento materno e humanização da assistência neonatal – são necessários mais leitos destinados à UTI neonatal. “O atendimento está superlotado, a taxa de ocupação varia de 100 à 125%”, afirmou.
A pesquisadora abordou ainda a dificuldade das famílias com o recém-nascido em casa, ao se depararem com uma situação na qual, na maioria das vezes, nunca tiveram que lidar. De acordo com a especialista, as crianças com necessidades especiais exigem cuidado maior e diferenciado, demandam saberes e práticas que não faziam parte de seu cotidiano. Cuidados habituais como o banho e a alimentação, por exemplo, têm que ser adaptados. “A interação entre as famílias e os profissionais é fundamental para que as dificuldades enfrentadas no domicilio sejam antecipadas no hospital, onde há o suporte profissional”, concluiu Rosane Aguiar.