Alunos do curso de Relações Internacionais da UFRJ e de outras instituições de ensino do Rio de Janeiro lotaram o auditório do prédio anexo do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no campus da UFRJ na Praia Vermelha.

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Memória

Leal realiza primeira Rodada Latino-Americana

Alunos do curso de Relações Internacionais da UFRJ e de outras instituições de ensino do Rio de Janeiro lotaram o auditório do prédio anexo do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no campus da UFRJ na Praia Vermelha.

O Laboratório de Estudos da América Latina (Leal) iniciou as atividades públicas do grupo na última sexta-feira (25/03), com a Primeira Rodada Latino-americana. Alunos do curso de Relações Internacionais da UFRJ e de outras instituições de ensino do Rio de Janeiro lotaram o auditório do prédio anexo do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no campus da UFRJ na Praia Vermelha.

O laboratório coordenado pelo professor do curso de Relações Internacionais da UFRJ, Marcelo Coutinho, foi criado em outubro de 2010 e integra o Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida (NEPP-DH), do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH/UFRJ).

Analisando as semelhanças no processo de construção de uma identidade histórica dos países latinos, o professor apresentou a pesquisa que irá estudar os Eventos de Violência Política (EVP), principalmente nos países da América do Sul. A história da América Latina é marcada por EVPs, principalmente em épocas de regimes autoritários. Nas últimas décadas, a estabilização política e econômica desses países permitiu que soluções mais pacíficas fossem alcançadas. A questão proposta por Coutinho é se os conflitos seriam “vulcões extintos ou apenas dormentes.”

De acordo com os dados do Instituto de Investigação de Conflitos Internacionais de Heidelberg, 15% dos conflitos registrados em todo o mundo acontecem na região da América Latina. Os países em situação mais crítica são México e Colômbia, sobretudo devido ao narcotráfico e à existência de grupos armados. “Todas essas informações, e muitas outras além delas, precisam agora ser aprofundadas e melhor examinadas, identificando padrões de ocorrência na América Latina, suas origens, circunstâncias, consequências, perfil de vítimas e medidas conciliatórias”, explica o docente no artigo que deu origem à pesquisa.

Os professores Hugo Borsani (UENF), Raquel Paz dos Santos (LEBAS/Tempo Presente/UFRJ), Verônica Paulino da Cruz (DPS/ESS/UFRJ) e Raphael Padula (RI/UFRJ), que também compõem o grupo de pesquisadores do Leal, apresentaram seus projetos de pesquisa, explicitando uma característica do grupo: a multidisciplinaridade. Temas que vão desde o intercâmbio cultural entre o Brasil e a Argentina até a análise do mercado de trabalho latino-americano serão desenvolvidos pelos pesquisadores.

Além de estudar os fenômenos de ordem política, econômica, social e internacional do continente, o Leal ainda tem como objetivo ajudar no treinamento de jovens pesquisadores. Hoje, o grupo conta com 14 alunos da graduação do curso de Relações Internacionais da UFRJ que atuam como assistentes de pesquisa.

Coutinho encerrou as atividades da Primeira Rodada Latino-Americana firmando o compromisso de realizar eventos como esse periodicamente. Já para o mês de abril, ainda sem data definida, está prevista mais uma Rodada Latino-Americana, com o tema “A transição de poder em Cuba: de Fidel a Raúl Castro”. As atividades do Leal podem ser acompanhadas através de sua página na internet.