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O comportamento alimentar das bailarinas

Foi apresentado na terça-feira, 6/10, no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, o trabalho  “A análise do Comportamento Alimentar de bailarinas”. A apresentação, ministrada pelas alunas Marceli Frulani e Daniela Silva, da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD/UFRJ), faz parte da Semana da Jornada  de Iniciação Científica da UFRJ, que envolve todos os cursos da universidade.

O trabalho mostrou que, atualmente, as mulheres vivem em busca de um ideal de beleza imposto pela sociedade e reforçado pela mídia, que preconizam a magreza como o belo. Essa imagem corporal que é veiculada faz com que as mulheres, mesmo as que têm biótipo diferenciado, busquem alcançar essa imagem do belo para se incluírem em seus grupos.


Para o padrão de magreza ser alcançado, muitas mulheres fazem restrição alimentar sem orientação profissional, gerando grandes deficiências calóricas que podem causar síndromes precursoras de transtornos alimentares (TAs).

A partir disso, o objetivo do trabalho foi analisar o comportamento alimentar num âmbito mais esportivo, ligado às bailarinas, e comparar os resultados com o percentual de gordura de cada uma delas. A pesquisa foi feita com 16 bailarinas, nas quais foram realizadas  medidas antropométricas como as dobras cutâneas, a massa corporal total e a estatura para a obtenção da composição corporal.

Para avaliar atitudes e comportamentos típicos de pacientes com anorexia nervosa usou-se o Eating Attitudes Test (EAT-26) e, para a avaliação de comportamento bulímico,  o Bulimic Investigatory Test Edinburhg (BITE). O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) e um termo de consentimento foi assinado pelos responsáveis.


Os resultados mostraram que as bailarinas apresentam um percentual de gordura classificado como normal para idade e gênero; porém, observou-se que das 16, 6,25% apresentaram resultado positivo no EAT-26, fato que pode indicar a presença de síndrome precursora de comportamento anoréxico.


Das 16 meninas, apenas 6,25% apresentaram resultado positivo nos dois testes. Observou-se também que algumas jovens, embora com composição corporal saudável e compatível com a idade em que se encontram, mostram comportamento alimentar alterado que precisa ser investigado e combatido de modo a se evitar a perda da saúde em virtude do  desenvolvimento de transtornos alimentares.