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Análise vocacional

 Nesta quinta-feira (08/10), durante a XXXI Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural – JIC 2009, as alunas Isabella Almeida e Ana Chacel apresentaram um trabalho de pesquisa sobre os tipos de orientação profissional e a necessidade de um novo quadro de atuação da psicologia, por meio da análise vocacional.

Ao passarem pelo momento decisivo em que são obrigados a escolher as carreiras que seguirão, os jovens são submetidos a uma forte pressão exterior, além de se prenderem a muitos valores já arraigados, o que muitas vezes provoca frustração, insegurança, como aponta as estudantes, e gera a necessidade de uma nova abordagem ao assunto.
 
A orientação desses jovens, elas defendem, deve se basear numa relação de diálogo, não se trata de um caso de diagnóstico, mas de se estabelecer um relação entre a subjetividade deles com algum modelo, deixando que as vocações aflorem naturalmente. Ressaltam também a importância da simetria entre o psicólogo e o participante, para que este não se sinta reprimido e não se contenha ao contar o que é preciso ser dito.

Para que pudessem propor um novo fazer psicológico, as pesquisadoras desmembraram o que chamam de ‘análise vocacional’ em quatro partes-chaves: construção coletiva, demandas múltiplas, potencialização das escolhas e abertura para novos caminhos possíveis; num conjunto que representaria a tentativa de uma orientação menos categórica e mais ampla, visando perceber as aptidões e os dons de cada um.

Essa fórmula se daria através de uma atuação em conjunto, com mais de um participante fazendo parte do grupo de orientação, em que o processo seria realizado com entrevistas, conversas e perguntas de desconstrução do que está arregimentado na mente dos jovens, à procura da real libertação das escolhas. 

Segundo Ana e Isabella, é preciso mais do que as perguntas simples, necessita-se de um aprofundamento, exemplificado por uma das perguntas que sugerem aos vestibulandos: “Por que você decidiu fazer faculdade?”.