A estudante de Geografia Paula Souza de Oliveira Barbosa analisou os processos de degradação dos recursos hídricos do rio Botas, localizado entre Belford Roxo e Nova Iguaçu, e acredita que a implementação de uma gestão ambiental integrada entre os municípios salvaria o rio. Hoje, segundo os dados levantados, enquanto Belford Roxo tem preocupação ambiental, Nova Iguaçu é sinônimo de descaso e desrespeito com a natureza. O trabalho foi apresentado nessa quarta-feira (7/10) na XXXI Jornada de Iniciação Científica.
“O rio nasce em Nova Iguaçu e deságua no município de Belford Roxo. Em seu trajeto percorre uma grande área urbana, por isso sofre com intervenções desde a década de 30”, explica Paula, orientada pelas professoras Ana Lúcia Nogueira de Paiva Britto e Monica dos Santos Marcal. “A ocupação desordenada das margens do rio e a constante poluição são as principais causas de degradação dos recursos hídricos”, problematizou Paula.
De acordo com os mapas apresentados pela estudante, existe a previsão do estabelecimento de uma área de expansão urbana na nascente do rio, em Nova Iguaçu. Em contraponto, no deságue no município de Belford Roxo será implementada uma área de preservação ambiental.
“É uma política ruim, já que com a expansão urbana haverá grande descarga de sedimentos e dejetos sem tratamentos na nascente do rio, que seguirão transportados até a região de deságue, onde se encontrará uma área de preservação ambiental, que consequentemente será contaminada pela poluição”, avaliou a estudante.
Para solucionar o problema, Paula ressalta a importância de uma gestão integrada entre os municípios de Nova Iguaçu e Belford Roxo. “É necessário um entendimento entre as duas regiões. A realização de ações conjuntas por parte dos dois municípios é essencial para a preservação dos recursos hídricos do rio Botas.”