O seminário internacional “50 anos do Triunfo da Revolução Cubana”, que teve continuidade no dia 9 de junho, contou com mesas de debate, apresentação de filmes, reuniões e até uma festa cubana. O evento, realizado simultaneamente com a IV Convenção Estadual de Solidariedade a Cuba, teve abertura no dia 8.
No segundo dia de evento, participaram da mesa “Mirar-se no exemplo de solidariedade de Cuba aos povos do Terceiro mundo e aprofundar nossa solidariedade a Cuba Socialista” os palestrantes Pedro Castro, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), além dos professores Maria Antonia Ramos, Zuleide Faria de Melo e Carlos Telles.
Pedro Castro afirmou defender uma articulação orgânica entre as entidades e movimentos sociais de cada país da América Latina. Segundo o professor, uma unificação das nações, como sonhava Simon Bolívar, não é provável devido às complexidades de cada país, porém é possível, segundo ele, organizar um grande movimento solidário.
A busca pela integração
Carlos Telles salientou que “antes da Revolução Cubana, o país era uma sociedade dividida pelo capitalismo, marcado por todas as injustiças”. Ele ressaltou o papel de Cuba na integração com outras nações latino-americanas. “A capacidade de solidariedade de Cuba aumentou muito depois da Revolução, e esse tipo de mudança só acontece quando o sistema permite. O socialismo permitiu isso. Por esse motivo, temos que ajudar Cuba a resistir aos ataques feitos pelos leões do Norte. O capitalismo é um sistema falido, que destrói sociedades”, afirmou.
Zuleide Faria complementou o raciocínio de Telles sobre a importância da solidariedade à sociedade cubana. “Hoje, num mundo em decadência, a palavra ‘solidariedade’ ganhou grande importância. A humanidade vem caminhando para a barbárie. O capitalismo é altamente destruidor. Na Idade Média, as guerras eram cara a cara, os inimigos se olhavam. Hoje, bombas são jogadas na calada da noite. O capitalismo é um sistema covarde. Por isso, falar de cuba é fundamental. Cuba dá um exemplo maior de como ser solidário, inclusive aos outros povos do mundo. Cuba representa a possibilidade de o homem se resgatar historicamente e voltar a ser íntegro. Temos que ser solidários a Cuba por tudo que o país faz concretamente. A solidariedade é uma forma concreta de sobrevivência da humanidade.”
No final do evento, Maria Antonia Ramos exibiu slides sobre a história das lutas cubanas. Segundo dados apresentados, antes da Revolução, 25% da mão de obra estavam desempregados, 25% da população eram analfabetos e 45% das crianças entre 6 e 14 anos não frequentavam a escola. Cuba teria sido, de acordo com os palestrantes, o primeiro país latino a erradicar o analfabetismo em seu território.