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Ethos: comunicações/est-éticas do consumo

 O seminário Ethos: comunicações/est-éticas do Consumo organizado pelo Núcleo de Pesquisa ETHOS – Comunicação, Comportamento e Estratégias Corporais da Escola de Comunicação, ECO/UFRJ, aconteceu no auditório Anísio Teixeira da Faculdade de Educação nos dias 30 e 31 de outubro. O evento contou com a presença de professores convidados, jornalistas, publicitários, antropólogos e pesquisadores das áreas de literatura e cinema, arte corporal e visual, não apenas da UFRJ como também de outras Universidades – USP, ESPM, UFF e UERJ.

Fundado em 1995 por professores e pesquisadores da ECO, o ETHOS tem como objetivo refletir sobre o imaginário do corpo e suas estratégias no cenário contemporâneo através da multiplicação de imagens e o avanço das novas mídias de comunicação. O núcleo visa pensar os limites dos espaços doméstico e público, laços de solidariedade social, limites do campo comunicacional e processos de subjetivação.

A partir da ótica do consumo e do mercado de bens materiais e simbólicos, o seminário “Comunicações / Est-éticas do Consumo”  avaliou as possibilidades de inserção individual na sociedade contemporânea tendo como base de investigação as relações sociais e individuais sob um olhar antropológico.

As mesas propiciaram discussões de temas diversos: estéticas publicitárias, moda e o consumo desenfreado, a ditadura da imagem pela mídia, indústria cultural, a estética da violência, marginalidade, etc.

Ângela Maria Dias, crítica literária do Departamento de Literatura Comparada da UFF, discutiu a questão da marginalidade, consumo e objetivação da violência na mesa Circuitos Urbanos. Para ela, “há uma tendência constante de dramatização da crueldade e da agressividade. As narrativas ficcionais privilegiam o retrato violento da sociedade, pois a convivência nas metrópoles é caracterizada pela desigualdade e pela violência”.

Na palestra sobre Consumo e Transporte Coletivo, Janice Caiafa, antropóloga, poeta e professora da ECO, falou sobre o consumo dos meios de transporte, onde abordou a ação das empresas privadas e também a função do Estado como órgão regulador. “Hoje, as empresas exploram cada vez mais o aspecto do consumo. O passageiro nos transportes coletivos passa a ser visto como cliente ao invés de usuários de serviço” afirmou a professora.