Nesta sexta-feira, dia 28 de maio, a manifestação pela segurança, organizada por alunos e professores da UFRJ saiu às ruas do Campus do Fundão. Alunos e funcionários da Universidade, vestidos de preto, vêm reivindicar medidas imediatas da Reitoria no sentido de acabar com uma série de atentados, que vêm aterrorizando a vida da comunidade acadêmica dentro do campus.
Marcelo Fardul, aluno de Engenharia Civil/CT, desabafa: “Isto é um grito de socorro! Queremos nossa participação também na elaboração de medidas de seguranças”. Os organizadores entregaram à Reitoria, através da Vice-Reitora Sylvia Vargas, um manifesto com assinaturas de alunos e professores, e uma série de propostas para melhorar a segurança no Campus do Fundão, como o policiamento da Ilha e seu monitoramento através de câmeras, além da melhoria do sistema de ilmuninação. Os estudantes também pedem ajuda do governo federal e das autoridades para que invistam em educação e toda a sua estrutura. A professora Maisa Lopes Pereira e o professor João Carlos, ambos da COPPE, enviaram o manifesto, juntamente com os e-mails das vítimas dos atentados, aos parlamentares do Rio de Janeiro, da Câmara e, inclusive, ao Presidente Lula.
Sylvia Vargas recebeu os manifestantes organizados numa comitiva. Num tom amistoso, enumerou as ações da Reitoria, no que tange à segurança:
– Assumimos a gestão da UFRJ num momento problemático de insegurança no Rio de Janeiro. A situação do Campus é também resultado disso, o que não nos impede de tomarmos algumas medidas. Conversamos com a Secretaria de Segurança para a elaboração de uma estratégia para a UFRJ. Uma comissão executiva também foi formada e conta com a participação de duas estudantes moradoras do Alojamento. Em paralelo, estamos investindo em estrutura; melhoramos a iluminação, adquirimos rádios para intercomunicação de nossos vigilantes e seis carros para rondas, além disso estudamos a possibilidade de instalação de câmeras.
Ao final Sylvia agradeceu a participação dos estudantes nas questões políticas da Universidade: “Vejo essa atitude como reforço aos nossos feitos. Sabemos que a UFRJ sofre com a falta de verbas e o apoio do corpo discente para resolvermos várias questões, inclusive a da segurança, é fundamental. A comissão está aberta a vocês para acompanharem o assunto”.