De 18 a 22 de junho, as unidades acadêmicas da UFRJ apresentaram seus projetos de ampliação para a comissão criada, em dois de maio pelo reitor Aloisio Teixeira, para avaliar o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e propor diretrizes para as ações a serem encaminhadas pela UFRJ ao Ministério da Educação (ME).
Tag: autor: ALINE DURÃES – OLHAR VIRTUAL
A interiorização das atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRJ foi o centro do quarto dia de apresentação pública dos projetos das unidades para o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Os institutos que exibiram seus projetos de ampliação nesta quinta-feira, 21 de junho, demonstraram interesse em ampliar seu rol de atuação também para as regiões interioranas do estado do Rio de Janeiro.
O Centro de Ciências da Saúde (CCS) foi o protagonista do terceiro dia de apresentação pública dos projetos de ampliação e reestruturação acadêmica das unidades para adequação ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI).
A UFRJ disponibilizará, através da criação do Núcleo Interdisciplinar de Ações para Cidadania (NIAC), mais um serviço à comunidade do entorno da Ilha do Fundão. O projeto, vinculado à Pró-reitoria de Extensão (PR-5), reúne as áreas de Arquitetura, Psicologia, Direito e Serviço Social, e oferece aos moradores das localidades da Maré um atendimento integrado, que busca conectar os saberes dessas áreas para a solução dos problemas apresentados.
A partir do dia 25 de junho, os interessados que comparecerem, de segunda a sexta, das 13h30m às 17h, ao NIAC, localizado na Divisão de Integração Universidade Comunidade (prédio anexo da PR-5 na Prefeitura Universitária), passarão por um processo de triagem, realizado por alunos dos cursos de Serviço Social, Psicologia e Direito. Baseados em uma perspectiva que defende a existência de múltiplas causas e soluções para os problemas cotidianos do indivíduo, conjuntamente, esses estudantes analisarão os casos apresentados.
De acordo com Marco Silva, coordenador do projeto e professor da Faculdade de Direito, o atendimento integrado é uma inovação tanto para os usuários-clientes do NIAC como para os profissionais que atuarão no núcleo: “as pessoas pensam nos problemas como se eles não estivessem integrados. Embora um usuário venha até nós à procura de um serviço determinado, a partir da demanda inicial dele, nós poderemos apontar desdobramentos em outras áreas para que essas questões sejam, de fato, solucionadas. A tentativa de resgatar a complexidade do problema do usuário-cliente é uma experiência acadêmica única que proporcionará aos alunos envolvidos no projeto vivenciar, de forma mais intensa, a interdisciplinaridade na prática profissional”, observa o docente.
Após a triagem, os alunos cadastrarão os dados dos usuários-clientes em um banco eletrônico de dados, o que, segundo Marco Silva, tornará, resguardado o sigilo profissional, as informações acessíveis a pesquisadores internos e externos ao núcleo, permitindo o acompanhamento e a pesquisa dos casos. Somente então, os estagiários encaminharão os usuários para uma ou mais áreas específicas.
O projeto, que conta com a participação de 32 bolsistas dos quatro cursos, 8 docentes, 2 funcionários técnicos-administrativos e 2 profissionais associados, recebeu o financiamento da Petrobras e tem como parceiros operacionais a Fundação Oswaldo Cruz, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Secretaria Estadual de Educação.
Atribuições de cada área
Apesar do atendimento integrado, cada área do conhecimento ofertará serviços distintos aos usuários-clientes. O Direito, por exemplo, não trabalhará apenas com ações judiciais, mas visa também auxiliar no processo de formação de cooperativas e prestar assessoria jurídica a entidades da sociedade civil e movimentos sociais. “Temos o interesse de estimular um lado esquecido pelos profissionais, que é o de atender demandas coletivas e de interferir mais nas questões antes que elas virem efetivamente um problema judicial”, comenta o docente da FND.
Já a Escola de Serviço Social (ESS) atuará na promoção e divulgação dos direitos de cidadania, através da realização de oficinas sócio-culturais e distribuição de cartilhas, e prestará assessoria a projetos de geração de renda a pessoas em situação de vulnerabilidade criminal, psíquica e social: “Nosso público-alvo é composto por famílias sem acesso à justiça e vulnerável aos processos de vitimização e criminalização. Além disso, pretendemos auxiliar pessoas egressas do sistema de justiça criminal e profissionais (técnicos) do sistema de justiça criminal”, explica Miriam Guindani, docente da ESS e coordenadora do NIAC.
A Psicologia disponibilizará atendimento psicológico a pessoas vulneráveis psiquicamente e em situação de violência, além de laudos e perícias psicológicas. Das quatro áreas, a Arquitetura é a única que oferece um atendimento específico, no qual, em vez de tratar de problemas individuais, buscará sanar questões relativas à coletividade. Para tanto, os profissionais da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) desenvolverão projetos de reconfiguração de espaços públicos e equipamentos coletivos e orientarão comunidades e moradores nas ações de reformas e melhorias dos espaços públicos.
Os coordenadores do NIAC estimam que o núcleo tenha a capacidade de atender 40 novos casos por semana e afirmam que estender a área de atuação do serviço é um dos objetivos principais do grupo: “queremos ampliar nossa base de ação o mais rápido possível. É provável que já no ano de 2008 estejamos capacitados a atender a área de Manguinhos também”, informa Marco Silva.
O segundo dia de apresentação pública das propostas de ampliação e reestruturação acadêmica das unidades para adequação ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) foi marcado pelas exibições dos projetos dos institutos vinculados ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e ao Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE). A comissão criada, em dois de maio pelo reitor Aloísio Teixeira, para avaliar o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e propor diretrizes para as ações a serem encaminhadas pela UFRJ avaliou nesta terça-feira, 19 de junho, oito propostas distintas.
Teve início nesta segunda-feira, 18 de junho, a apresentação pública dos projetos de ampliação e reestruturação acadêmica elaborados pelas unidades da UFRJ. A comissão criada, em dois de maio pelo reitor Aloísio Teixeira, para avaliar o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e propor diretrizes para as ações a serem encaminhadas pela UFRJ incentivou cada unidade da instituição a organizar um plano que contivesse metas de expansão e discriminasse os recursos necessários para a viabilização desses objetivos.
Momentos antes da audiência pública que definiu os rumos da ocupação da Reitoria, principiada, às 13h do dia 13 de junho, por estudantes descontentes com o processo interno de discussão do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), os alunos “ocupados” recitavam poesias, cantavam músicas, entoavam gritos de guerra e discursavam sobre as bandeiras defendidas pelo movimento estudantil.
Cerca de 200 estudantes, reunidos em assembléia no hall do Salão do Conselho Universitário (Consuni), desde às 12h desta quinta-feira (14/06), votaram e decidiram ocupar o prédio da Reitoria como forma de protestar contra a participação da UFRJ no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), projeto instituído pelo governo, em abril de 2007, que oferece recursos financeiros extras para as universidades que reduzirem as taxas de evasão e aumentarem a relação professor-aluno.
O fascínio exercido pela literatura, pelo teatro e pelo cinema revela que a possibilidade de vivenciar outros tempos e espaços sempre foi muito atraente para as pessoas. O virtual, há tempos, desperta curiosidade, na medida em que permite aos indivíduos projetarem-se além de suas experiências diretas e presenciais.
Nesta terça-feira, 5 de junho, cerca de 600 funcionários da UFRJ se reuniram no auditório do Quinhentão, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), para discutir os rumos do movimento de greve que paralisa as atividades técnico-administrativas da universidade há seis dias.