O Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano (IMA/UFRJ) celebrou 55 anos de sua inauguração em 20/10. A comemoração teve a apresentação de vídeo institucional, seguido de relatos de professores sobre a criação do instituto e a importância de estudos acerca do impacto dos plásticos no mundo. A cerimônia, realizada no auditório do IMA, contou com a presença de representantes de empresas do setor de polímeros e teve tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O instituto é pioneiro no Brasil em relação à pesquisa sobre plásticos, buscando soluções, criando polímeros biodegradáveis e desmistificando o uso do material, que faz parte do dia a dia da população. O material causa grande impacto ao meio ambiente, pois demora 400 anos para se decompor na natureza. Por isso, Roberto Medronho, reitor da UFRJ, presente na cerimônia, ressaltou a importância do IMA no contexto atual:
“Hoje, o instituto tem um papel estratégico. Nosso mundo tem que se tornar sustentável”, afirmou Medronho.
Estiveram presentes também no evento Walter Suemitsu, decano do Centro de Tecnologia (CT); Maria Inês Tavares, diretora do IMA; Emerson Oliveira da Silva, vice-diretor; e Francisco Nelson de Almeida Linhares Júnior, diplomata do Itamaraty. Todos destacaram a importância do instituto, tanto dentro da UFRJ quanto para o exterior.
Desde sua criação, o Instituto de Macromoléculas buscou a internacionalização de sua pesquisa, trazendo professores estrangeiros para a Universidade e firmando acordos com o governo brasileiro. Com isso, conseguiu importar tecnologia de polímeros e colaborar com a redução do material no mundo. Na cerimônia, Nelson Júnior ressaltou a parceria do Ministério das Relações Exteriores com o IMA para definir critérios, soluções e mudanças sobre o uso dos plásticos.
“Temos que nos ancorar na melhor ciência disponível, por isso o Itamaraty conta com o IMA”, pontuou o diplomata.
Homenagem à Eloisa Mano
No evento, professores do Instituto de Macromoléculas, que leva o nome da fundadora, Eloisa Mano, fizeram homenagens a ela, falecida em 2019. Eles conviveram com a professora enquanto ela ainda trabalhava no IMA, antes de se aposentar em 1994. A sobrinha da professora também participou da cerimônia e presenteou o instituto com a beca usada pela tia nas cerimônias oficiais da UFRJ.
Mano foi pioneira no estudo de polímeros: em 1968, fundou o Grupo de Polímeros, que se tornou o IMA em 1976; também publicou o primeiro livro no Brasil sobre o assunto e se tornou referência internacional. O professor Marcos Lopes Dias, que há 41 anos frequenta os corredores do instituto, reforçou que “nós continuamos mantendo esse esforço da professora Eloisa para a excelência em polímeros ser reconhecida no Brasil e no exterior”.
*Sob supervisão da jornalista Carol Correia