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Pelo Campus Tecnologias

UFRJ participa de eventos da SNCT

Comunidade universitária leva atividades de ensino, pesquisa e extensão para a sociedade

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) é um dos maiores eventos de divulgação científica do Brasil. Na edição deste ano, a UFRJ realizou atividades próprias em seus campi Cidade Universitária, Macaé e Duque de Caxias, nos territórios de Manguinhos e da Maré, além de participar do Festival da Ciência, evento organizado pela Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia (SMCT) do Rio de Janeiro.

Na Cidade Universitária, a iniciativa foi sediada no Centro de Tecnologia (CT) e contou com estandes de diversas áreas do conhecimento, visitas guiadas a laboratórios e exposições e, até mesmo, um passeio no Maglev, trem de levitação magnética do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ).

Durante o evento, o prédio se encheu de crianças e adolescentes de escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro, que puderam ter mais contato com temas como Neurociências, Geodiversidade, Química e Botânica. Luiza Neves, professora do Espaço de Desenvolvimento Infantil Bárbara Ottoni, e outras professoras observavam com alegria seus alunos confeccionando um capacete que mostrava as áreas do cérebro.

Atividade do estande Ciências e Cognição empolgou o público | Foto: Moisés Pimentel (SGCOM/UFRJ)

Com idades entre 5 e 6 anos, as crianças da turma de Bárbara estão estudando sobre as mulheres cientistas. A SNCT foi a oportunidade perfeita para ver na prática o conteúdo programático trabalhado em sala de aula.

“Eles estão amando a visita porque a gente conseguiu fazer vários links com o que estamos estudando. Fomos a um estande sobre cientistas negras, outro sobre vacina, em que falaram que quem descobriu o coronavírus foi uma mulher. Então está sendo bem interessante!”, conta.

A professora enfatizou que a escola tinha preocupações se as atividades da SNCT seriam apropriadas para a faixa etária de seus alunos, mas que acabou se impressionando com as propostas realizadas pelos estandes. “Fomos muito bem recebidos, sempre com atividades para todo o público e, quando os temas eram menos abrangentes, as equipes sempre buscavam uma adaptação.”

Ana Beatriz Matta, aluna do Instituto de Psicologia, era monitora de um dos estandes e seguia atenta para promover atividades para todo o público. Representante do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Neuropsicologia (Nepen), projeto que trabalha com reabilitação e avaliação neuropsicológica, a estudante buscava voluntários para participar de jogos cognitivos.

“As atividades trabalham atenção, memória, estratégia, planejamento, controle inibitório, entre outros aspectos. Elas são muito úteis para pacientes com dificuldade de aprendizagem, Parkinson e Alzheimer, por exemplo. Os participantes estão se sentindo muito desafiados e brincando entre si.”

A UFRJ vai à Praça!

Nos dias 19 e 20/10, a SMCT organizou o Festival da Ciência, evento que busca divulgar a área para toda a comunidade carioca por meio de shows, apresentações, exposições e uma grande feira de Ciências na Praça Mauá.

UFRJ participa do Festival da Ciência, organizado pela SMCT | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Juliana Dias, professora do Instituto Nutes de Educação em Ciência e Saúde, esteve com a iniciativa “Caminhos agroecológicos da semente ao prato”, que faz parte do projeto de extensão “Comida é patrimônio” e da pesquisa “Escola, universidade e comunidade: práticas de letramento digital e ativismo sociocientífico em uma web rádio escolar”.

“Tivemos a oportunidade de estar ali compartilhando os saberes construídos na Universidade, criando uma conexão com o público. Eu fiquei muito emocionada de poder fazer esse diálogo”, comemora.

De acordo com a professora, eventos como esse deveriam ocorrer mais vezes, já que a linguagem simples e acessível usada na iniciativa é uma excelente ferramenta para aproximar a Ciência da sociedade.

Festival da Ciência. Praça Mauá, RJ, 20/10/2023

“A gente pensa na extensão como esse movimento que vai para além dos muros. Quando você está na rua, você rompeu com esses muros. A pessoa tem um contato com a Ciência, com a universidade, que não é só de ouvir falar, mas de estar ali, participando”, conclui.