A direção do Museu Nacional iniciou na tarde desta sexta-feira (14/9) a cobertura de áreas do edifício, afetado por um incêndio no início deste mês. A ação tem como objetivo proteger o acervo sob os escombros de outros danos, como água da chuva. Paralelamente, a Reitoria da UFRJ está contratando uma empresa que garantirá a cobertura da área total dos escombros, ainda nos próximos dias.
Posteriormente, a Universidade iniciará, com auxílio de guindastes, a instalação de um telhado metálico com cerca de 5 mil metros quadrados. Esse trabalho será acompanhado por engenheiros e especialistas de diversas áreas da UFRJ, com apoio do Iphan e técnicos da Unesco.
Interdição
Até o início da noite, o prédio ainda continuava interditado pela Polícia Federal, apesar da desinterdição de área anunciada pela Defesa Civil. O acesso ao prédio ainda oferece riscos devido à instabilidade das paredes e lajes. À tarde, a UFRJ recebeu uma estrutura pré-fabricada (módulo adaptado de contêiner), onde trabalharão os peritos da Polícia Federal. Até o momento, não se sabe quais as causas do incêndio.
Na quinta-feira, o reitor da UFRJ, Roberto Leher, e o diretor do Museu, Alexander Kellner, reuniram-se com uma comissão da Unesco. No encontro, eles discutiram como vão agir em conjunto para reconstruir o Museu Nacional.
Aulas
Ao longo desta semana, o Museu Nacional manteve aulas, defesas de teses, cursos de especialização e outras atividades, muita delas no Horto da instituição, também localizado na Quinta da Boa Vista.
Campanha
A UFRJ lançou esta semana a campanha Museu Nacional Vive, com objetivo de mostrar que a instituição continua em atividade, já que as pesquisas, aulas de pós-graduação e ações de extensão serão mantidas, e que aproximadamente 2 milhões de peças do acervo continuam preservadas. As coleções intactas ainda colocam o Museu Nacional entre as instituições museais mais importantes da América Latina.
O site www.ufrj.br/museunacionalvive foi lançado e apresentará todas as informações sobre a reconstrução.