Suponhamos três casos hipotéticos:
1) Um aluno de graduação tem interesse em desenvolver uma monografia de conclusão de curso sobre a Leishmania, gênero de protozoários que inclui os parasitas causadores das leishmanioses, e precisa de algum professor para orientá-lo.
2) Um jornalista necessita de uma fonte para dar um depoimento sobre a recente epidemia de dengue em uma de suas matérias.
3) Um professor preocupado com as mudanças climáticas, após ler a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2019, decide desenvolver uma pesquisa sobre o tema “Eficiência Energética” e está em busca de parceiros para auxiliá-lo.
Apesar de distintos, os casos têm algo em comum: a demanda por especialistas em temas específicos. Como fazer para encontrá-los? Ligar para a Administração Central da UFRJ? Enviar uma mensagem para a página de Facebook da Universidade? Estas soluções possivelmente serão pouco eficientes. Não por conta da má vontade de servidores, mas por causa das próprias dimensões “universais” da Universidade (com perdão da redundância) e da dificuldade que é gerir todo o imenso volume de conhecimento que é aqui gerado.
Um plano B quase instintivo nos dias de hoje seria dar uma “googlada”. Mas resolveria o problema? Certamente demandaria tempo, esforço, e o resultado, possivelmente, não seria o mais satisfatório.
Por outro lado, em questão de segundos, digitando o termo “Leishmania” na plataforma Somos-UFRJ, é possível descobrir que a professora Bartira Rossi Bergmann, da Instituto de Biofísica da UFRJ, já utilizou essa palavra-chave 155 vezes em suas pesquisas. Digitando o termo “dengue” na plataforma, é possível chegar a Roberto de Andrade Medronho, diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ, que já utilizou essa palavra-chave 88 vezes em suas publicações. O mesmo vale para Roberto Schaeffer, professor de Economia da Energia da UFRJ, que por 55 vezes utilizou as palavras-chave “Eficiência Energética” em seus trabalhos.
Estes são apenas alguns exemplos do potencial que o Somos-UFRJ possui e que já vem sendo explorado por membros da comunidade acadêmica, bem como por pessoas externas, já que o acesso ao portal é livre, rápido e completamente intuitivo. Conforme acrescenta Ricardo Pereira, coordenador da Agência UFRJ de Inovação: “É difícil não se surpreender positivamente com a facilidade e a eficiência que esta plataforma proporciona a quem a ela recorre. Temos que difundir mais sua existência por toda a UFRJ”.
Portal é fruto de parceria que envolve a Agência UFRJ de Inovação
Viabilizado a partir de uma parceria envolvendo a Agência UFRJ de Inovação, a UFMG e a empresa Siemens, o sistema Somos trata-se, na prática, de um portal que faz uso de dados contidos na plataforma Lattes para permitir a identificação, de maneira detalhada, simples e organizada, dos pesquisadores da Universidade e de sua produção científica. Além disso, o sistema também viabiliza o acesso a informações sobre unidades acadêmicas, departamentos, ativos de propriedade intelectual e infraestrutura laboratorial, apenas para citar algumas de suas funcionalidades. Seu objetivo é facilitar o mapeamento das competências da instituição e incrementar a interação entre a UFRJ e outras instituições públicas e privadas, especialmente nas áreas de pesquisa científica e tecnológica.
Idealizada pela Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG, sob a direção do professor Ado Jorio de Vasconcelos, a plataforma Somos é hoje utilizada em instituições de ensino como a Unicamp, UFSCar, UFJF, Unesp, entre outras, além da própria UFMG. A título de exemplo, apenas a plataforma Somos-UFMG já recebe cerca de 30 mil visitas por mês, originadas, em sua totalidade, em 159 países. Deste modo, a implementação da plataforma pela UFRJ representa um grande passo na universalização e gestão do conhecimento produzido pela instituição.
Em constante desenvolvimento, no dia 8 de junho o sistema foi novamente atualizado. O próximo passo é a inserção dos dados relativos à infraestrutura dos laboratórios da UFRJ. No momento, essas informações estão sendo mapeadas por empresas juniores e inseridas gradativamente na plataforma.
Fonte: Agência de Inovação / Julio Longo