Na sexta-feira, 15/8, o reitor da UFRJ, Carlos Levi, visitou as obras do novo complexo estudantil da Cidade Universitária. A visita foi conduzida pelo diretor do Escritório Técnico da Universidade (ETU), Márcio Escobar, e acompanhada pelo chefe da Seção Técnica de Fiscalização do ETU, Harley Bacelar, por Eliane Gomes, engenheira do escritório, e pelo superintendente geral de Políticas Estudantis da universidade, Ericksson Almendra.
O projeto contempla três novos blocos interligados de apartamentos, que estão sendo construídos ao lado do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN).
Ao todo, são 65 apartamentos, que comportam três ou quatro quartos cada, sendo 245 vagas. Três desses quartos são adaptados para portadores de necessidades especiais e cada apartamento possui uma área de serviço, uma sala comum aos estudantes e um banheiro dividido em box, sanitário e lavabo, o que permite a utilização por até três pessoas simultaneamente.
A estrutura conta com um restaurante, que servirá em torno de 3500 refeições diariamente. Além disso, está prevista a construção de uma área de lazer com quadra poliesportiva e churrasqueira. Em todos os pavimentos, haverá salas de estudo e de informática, sendo intercaladas por andar – um com sala de estudo, o outro, de informática.
A obra contempla importantes medidas para acessibilidade: cada andar terá um banheiro adaptado, assim como elevadores que permitam a entrada de cadeiras de rodas. Haverá também sinalização para deficientes visuais.
Uma residência sustentável
De acordo com Harley Bacelar, projetos sustentáveis também foram incorporados ao projeto da Residência Estudantil, como o reaproveitamento de água para descargas e painéis de luz solar. A energia gerada por meio dela será utilizada para aquecer a água dos chuveiros pelo sistema de boiler, possibilitando que a energia elétrica seja usada apenas nos dias mais frios.
Conclusão prevista para 2016
Devido a algumas exigências das concessionárias prestadoras de serviço, como Light e Cedae, o projeto inicial indicado no plano diretor precisou de adaptações. A obra, que está na fase de análise de aditivo contratual, tem previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2016.
Alta demanda reduziu renda per capita para acesso à residência
Ericksson Almendra comentou a dificuldade em fazer a seleção de alunos que se candidatam a uma vaga para moradia na UFRJ. Atualmente, cerca de 20% do corpo discente é formado por alunos que vêm de outros estados.
Isso aumenta a demanda de solicitações, que não é proporcional ao número de vagas que a universidade pode oferecer, através de vagas na Residência Estudantil atual ou através de bolsas especiais pra financiar a moradia na cidade do Rio de Janeiro.
O superintendente lamenta a situação, pois entende que, por vezes, essa falta de vagas implica a não permanência do estudante na faculdade, devido ao alto custo de vida no município.
A seleção é feita através de uma análise socioeconômica, a partir da documentação apresentada pelo universitário. O principal dos critérios é a renda per capita da família de origem do acadêmico. De acordo com a última seleção realizada pela Superintendência Geral de Políticas Estudantis (SuperEst), a renda de corte foi de R$ 350,00 para o último candidato.
Após essa avaliação, são utilizados critérios de desempate, nos quais são consideradas as pessoas que compõem a família, como aposentados, pessoas doentes e deficientes.