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Projeções para o futuro em debate

A “5ª Jornada de Psicologia Organizacional e do Trabalho”, realizada na última terça (25/10), pelo Instituto de Psicologia (IP) da UFRJ, apresentou novas perspectivas a respeito dos conceitos do envelhecimento e da aposentadoria. Durante muito tempo a aposentadoria foi vista como o final de uma etapa da vida. O próprio significado da palavra, “retirar-se para os aposentos”, aponta o ócio como caminho para o aposentado. As palestras ministradas durante a jornada mostraram como este quadro tem se modificado.

Para o professor Wilson Moura, do IP-UFRJ, se as pessoas envelhecem, o mesmo ocorre com os sistemas de produção. Dessa forma, novas maneiras de articulação do trabalho devem ser estudadas. “Com a aposentadoria, certos cargos são extintos. É preciso, então, desmistificar a máxima de que é o velho abrindo espaço para o novo”, analisou.

Já Dulcinéia Monteiro, professora especializada em Gerontologia, partiu de outra abordagem, questionando a aposentadoria como “um ponto de mutação”. De acordo com a docente, “a aposentadoria é um ponto de interrogação. O principal é assumir o envelhecimento e entender que se deve sempre estar em movimento, nunca parar”, afirmou.

A última palestra ficou por conta da professora Fany Tchaikovsky, presidente da Academia Brasileira de Ciências da Administração, que citou pesquisas que têm o trabalho como tema. “Com o passar do tempo, o significado de trabalhar se modifica. A princípio todas as descobertas de comportamento humano no trabalho foram utilizadas para o aumento da produtividade”, disse.

O evento foi uma realização da Insight, empresa júnior de consultoria em Psicologia da UFRJ, em parceria com o Núcleo de Trabalho e Contemporaneidade, vinculado ao IP-UFRJ. A organização foi voltada para o debate livre, de modo que tanto palestrantes quanto ouvintes puderam expor seus questionamentos e ideias.