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Os caminhos para integração universitária

A mesa “Caminhos para a Universidade: a história revisitada” foi realizada na última terça (22/06), durante a III Semana de Integração Acadêmica do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), que acontece no Auditório Professor Manoel Maurício de Albuquerque, no campus da UFRJ na Praia Vermelha.

O debate, que discutiu o atual modelo fragmentário da universidade, contou com a presença do professor Alexandre Pinto Cardoso, da Faculdade de Medicina (FM), e Liana Cardoso, professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs) da UFRJ, e mediação de Marcelo Corrêa e Castro, decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH-UFRJ).

Liana Cardoso falou sobre a ideia de integração universitária, confirmado pelo êxito das experiências internacionais, porém criticadas nacionalmente. Para a docente, um tema crucial na discussão é a interação entre alunos e professores que, nos últimos anos, sofreram mudanças relevantes. “A ênfase é no aprendizado do aluno e não mais no lecionar dos docentes”, ressaltou Liana, que acredita que a sociedade deva interferir para modificar este cenário e reestruturar o método de aprendizado.

Alexandre Cardoso ressaltou a importância do ano de 1968, marcado por debates que resultaram, tardiamente ou não, em profundas transformações culturais. O ex-diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) lembrou que, para muitos, a cátedra representava o estado repressor na universidade.

“Os professores estavam na fronteira do conhecimento, porém condicionados a estruturas antiquadas”, analisa o docente, para quem, a tensão entre o velho e o novo é salutar para “as modificações necessárias”. Assim, completa Pinto Cardoso, “a interação com o meio material consolida, nas palavras do antropólogo Darcy Ribeiro, consolida a ‘universidade necessária’”.