Durante o I Simpósio de Empreendedorismo em Biotecnologia, iniciado nesta segunda-feira (09/11) no Salão Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, a professora Ana Claudia Tessis, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), apresentou as bases do curso de Biotecnologia, que está sob a sua coordenação e que tem como objetivo formar técnicos que trabalhem nas várias áreas do setor.
Tendo por tradição educar profissionais conceituados, o IFRJ, antiga Escola Técnica Federal de Química, tem como uma de suas principais preocupações a inserção de seus alunos no mercado de trabalho. “O estudante de Biotecnologia do IFRJ, para obter seu diploma, precisa fazer um estágio curricular de 480 horas”, explicou Ana Claudia, que listou as diversas atividades econômicas exercidas ao cursar Biotecnologia: pesquisa em laboratórios e universidades, hospitais, laboratórios de diagnóstico clínico, indústria clínica etc.
Segundo a palestrante, o envolvimento desde cedo com o profissionalismo é interessante não apenas para a instituição, mas também para as empresas, que em muitas situações acabam efetivando os estagiários em seus quadros profissionais, por já terem desenvolvido uma relação de confiança. “Essa parceria com as empresas”, ressaltou a professora do IFRJ, “só é possível graças à Coordenação de Integração Empresa-Escola (COIEE)”.
O curso de Biotecnologia do IFRJ conta também com outros três blocos obrigatórios. “Oferecemos uma base para o Ensino Médio, com enfoque nas disciplinas de Física, Química e Biologia; uma base científica, mais centrada em matérias biotecnológicas, além de disciplinas técnicas, integrantes da base tecnológica”, afirmou Ana Claudia.
Para explicar a evolução do curso, que ganha mais destaque e importância no país, ela fez um breve histórico da biotecnologia, desde a década de 80 (com a criação dos primeiros polos de atuação e da realização da primeira feira nacional), até os anos 2000. “Algumas das conquistas mais recentes da biotecnologia local foram a utilização de células-tronco como terapia, a fabricação de vacinas contra o vírus Influenza e o nascimento do primeiro animal clonado em países em desenvolvimento”, garantiu a palestrante.