Começou nessa quarta-feira (04/11) o VIII Encontro de Pacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), no Auditório Alice Rosa. O evento, que vai até amanhã, conta a participação de diversos pacientes, médicos e representantes do hospital, que relatam suas experiências e trocam ideias, com o intuito de melhorar cada vez mais a relação médico-paciente.
Com o tema “Da formação ao atendimento – Espaços de participação do usuário”, as palestras de hoje (05/11) foram marcadas por muitos ensinamentos e experiências de vida. Além disso, foram entregues ao público presente cartilhas que destacam os direitos do paciente.
A mesa de abertura contou com a presença de Marcos Martins, diretor-adjunto do HUCFF, que representou Alexandre Pinto Cardoso, diretor do hospital. Ele destacou a importância de se entender o que é o HU. “Sem paciente não há razão de ser um hospital. Há que se ter um compromisso de formar profissionais que saibam lidar com os pacientes”, declarou Marcos.
Logo depois, a palestra “A voz do usuário” foi iniciada e mediada por Maria da Conceição Lopes Buarque, presidente da Comissão de Direitos do Paciente (CDP–HUCFF), tendo a presença de Maria Bernadete Tavares Soares, paciente, voluntária e membro da CDP–HUCFF, Maria Cristina de Farias Knackfuss, também membro da CDP, entre outros.
“Para transformar o mundo, temos antes que nos transformar.” Foi assim que Maria Bernadete definiu o porquê de a ioga ter tanta importância na vida dela. A paciente, que descobriu uma leucemia em 2003, logo depois sofreu com a morte do marido e ainda tem um filho de 10 anos para criar, encontrou na ioga uma saída mais tranquila para o tratamento rigoroso contra a doença.
Segundo Maria Bernadete, todo ser humano tem um reservatório de forças e energia que precisa ser conectado. A melhora da postura, a desintoxicação da vida, foco, concentração, tranquilidade e o controle da respiração são algumas das melhorias que a ajudaram a enfrentar a doença.
No evento, Maria Cristina Knackfuss apresentou a Carta dos Direitos dos Usuários de Saúde, com os diretos e deveres que todos os pacientes precisam saber para que a relação médico-paciente seja a melhor possível. Direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde, a um tratamento adequado e efetivo para seu problema, ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação, ao atendimento que respeite o paciente, seus valores e seus direitos e também responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada são alguns dos direitos e deveres citados.
“É importante que a gente tenha noção de tais regras para que possamos cobrar, mesmo que a palavra ‘paciente’ dê a entender que devemos esperar”, ressaltou Maria Cristina.