Como parte da XXXI Jornada de Iniciação Científica, Artística e Cultural, as alunas da Escola de Serviço Social da UFRJ Ana Ester Machado, Camila Ottoni e Simone da Silva apresentaram o trabalho “Imagem social do Serviço Social: um estudo sobre a concepção dos docentes das universidades públicas”. A pesquisa, que ainda está em andamento, foi exibida hoje (09/10) na Escola de Comunicação da academia e trouxe resultados parciais de questionários feitos com professores da UFRJ e da Uerj, sobre a visão predominante que os alunos desse curso possuem a respeito da profissão.
Apesar de ter havido, nos últimos anos, uma mudança significativa sobre a imagem que se tem da atividade de assistente social, desmistificando o pensamento comum de que esses profissionais “fazem apenas caridade e ajudam o próximo”, ainda é bastante perceptível a diferença de concepção, segundo os professores entrevistados, entre os alunos do primeiro e do oitavo período.
De acordo com a pesquisa, os estudantes que iniciam o curso de Serviço Social possuem uma visão messiânica e filantrópica, associada a um ideal neoliberal de humanização. Ao longo da graduação, porém, ocorre uma desconstrução desse pensamento e, perto do final do curso, os alunos passam a ter uma ideia mais complexa da profissão, atrelada à noção de direitos humanos.
A imagem que predomina entre a sociedade, por outro lado, é bem mais fragmentada e depende muito do recorte de classe social, gênero e perspectiva ideológica dos indivíduos. Na opinião dos docentes, há o consenso de que o esforço e a dedicação dos profissionais têm gerado boa visibilidade e surtido efeito positivo. Entretanto, ainda existem grupos que desmerecem o Serviço Social e reagem, por exemplo, com estranhamento à necessidade de curso superior para formação do assistente social, por considerarem a profissão uma “prática mecânica fácil de ser executada”.