Nesta quinta-feira (08/10), durante a XXXI Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural – JIC 2009, a estudante Iaci Menezes Penteado apresentou, no campus da Praia Vermelha da UFRJ, um trabalho de pesquisa sobre a Revista Pedagógica – veiculada no início da primeira república.
Numa época em que as escolas ainda tinham linhas fortemente marcadas por doutrinas específicas, era difícil encontrar reverberação para o questionamento dos rumos da pedagogia, mas já ali, no imbróglio que envolvia o fim da escravatura, a mudança de regime e a passagem de século, surgia uma publicação que duraria poucos anos, mas seria o início de uma árvore genealógica para o debate sobre os caminhos do ensinamento.
De 1890 a 1896. Foi esse o curto espaço de tempo em que circulou a revista na ainda imatura república brasileira, com seções sobre pedagogia, artigos, sugestões, relatórios de instituições e noções psicológicas em seu interior, composto basicamente por “questões de educação”, como descreve a pesquisadora.
Já nesses primeiros tempos de debate, era vista uma discussão que daria muito o que falar posteriormente, a oposição entre memorização e assimilação, a primeira reinando por bastante tempo, e a segunda chegando para trazer um quadro mais ponderado à pedagogia, diz Iaci.
Em paralelo a essa discussão que surgia, ainda permanecia um ideal de educação mais complexo e completo do que se imagina, em que a valorização dos estudos não se dava apenas na leitura de livros, mas era compreendida como uma questão mais ampla, envolvendo além do intelecto, o aparato físico e o moral, revela a estudante.