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Especialista explica a evolução do genoma

Dentro do ciclo de conferências promovido em comemoração aos 15 anos da Coordenação de Programas de Estudos Avançados (COPEA) da UFRJ ocorreu, nessa quinta-feira (10/09), a palestra “Fronteiras da Ciência”, no Salão Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. O convidado,  Pedro Galante, doutor em Bioquímica pela USP e pesquisador do Instituto Ludwig, de São Paulo, apresentou as mudanças nos conceitos de genoma através do debate “O que é um Gene?”.

Segundo Galante, a compreensão da organização dos genes tem progredido tanto na última década que “daqui a alguns anos será possível colocar nossos genomas dentro de um pendrive e levá-los para os médicos analisarem as principais tendências do nosso organismo”. Tal feito, decorrente da revolução que a área da biologia nuclear vem passando, permitiria, por exemplo, a melhor indicação sobre quais atividades físicas fazer e que cuidados tomar para evitar doenças propensas ao corpo humano.

Apresentando um histórico do conceito de “gene”, desde a afirmação de Mendel sobre o transporte hereditário de caracteres, em 1865 (quando o termo sequer havia sido cunhado), até a definição mais recente, da década atual, que diz que “o gene é uma união de regiões do genoma associada a regiões reguladoras e com potencial de gerar produtos funcionais”, Galante explicou a evolução do termo e como isso permitiu, com o passar do tempo, a melhor observação das características de cada pessoa.

Ainda de acordo com a opinião do pesquisador, foi através do Projeto Genoma Humano, que objetivava criar mapas físicos de alta resolução e sequenciar todo o DNA, que muitas aplicações práticas, tanto para especialistas quanto para leigos, foram descobertas. Finalizado com sucesso em 2003, com apenas 6% do genoma não tendo sido analisado, “o projeto tornou possível não só a anotação e organização das informações públicas, como também a identificação dos fatores determinantes para a cor dos nossos olhos”, afirmou Galante.