As mudanças no pensamento da Sociologia no país foi um dos assuntos abordados na última quinta-feira, dia 30, no terceiro dia do XIV Congresso Brasileiro de Sociologia, que ocorre em várias unidades da UFRJ. A mesa-redonda “Sociologia e mudança social no Brasil: consensos e controvérsias”, realizada na Casa da Ciência da UFRJ, teve como mediador André Botelho, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ. Participaram Marcelo Ridenti, professor da Unicamp, Simone Meucci, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Nísia Trindade Lima, da FIOCRUZ. A professora Maria Arruda, da USP, foi a debatedora.
Nísia Trindade abordou a Sociologia nos anos 50, tema da sua pesquisa. Segundo ela, a obra Os sertões, de Euclides da Cunha, era uma referência importante para os trabalhos de sociólogos da época. Nísia afirmou que há “um discurso de isolamento do sertanejo, de alienação intelectual e descrença no desenvolvimento do Nordeste, uma das regiões mais importantes do Brasil”.
Já Marcelo Ridenti apresentou a evolução do pensamento sociológico no decorrer das últimas décadas. De acordo com o professor, que estuda os movimentos de esquerda no Brasil, tudo o que foi trabalhado em termos sociológicos, nos anos 50, pode ser aplicado à realidade atual brasileira. Há, nesses dois momentos, o que ele chama de um “projeto de superação do subdesenvolvimento por meio de uma industrialização financiada pelo Estado”.
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“60 anos da Cepal e o Manifesto dos Periféricos: revisitando o desenvolvimentismo”
"A crise financeira e os seus impactos na sociologia"
“Sociologia: consensos e controvérsias”
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