A Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ discutiu, no dia 26 de maio, o papel do Estado diante das crises econômicas e a resistência popular. A mesa-redonda, composta pelos professores Mauro Iasi e Marildo Menegatti, da ESS/UFRJ, faz parte do curso de supervisores, realizado anualmente na instituição.
O objetivo do evento, intitulado “Contrarreformando o Estado e resistência popular”, é construir argumentos mais sólidos para a formação e intervenção dos assistentes sociais. “O Estado e o sistema capitalista não pensam no bem-estar real da população, mas na exploração das forças produtivas para a obtenção de maior lucro. Como consequência, os países vivem sob condições cada vez mais desumanas”, afirma Marildo Menegatti, citando crises ocorridas na Turquia, México, Brasil e Argentina, dentre outros países.
Para Mauro Iasi, o Estado deve defender a população e promover o equilíbrio social frente aos problemas gerados pelas crises capitalistas. A força popular deve atuar na superação da dicotomia entre Estado e capitalismo, garantem os palestrantes. “Os sindicatos, os trabalhadores e os cidadãos em geral devem pensar na manutenção de suas condições básicas de vida. É preciso refletir sobre o papel do capital, capaz de produzir processos socais desiguais”, complementa Iasi.