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Fórum internacional debate atuação dos centros de línguas

Quinze universidades de diferentes países estão reunidas para discutir a importância da diversidade cultural no Fórum Mundial HERACLES (Hautes Études et Recherches pour l’Apprentissage dans les Centres de l’Enseigment Supérieur – Altos Estudos e Pesquisas para a Aprendizagem nos Centros de Língua de Ensino Superior) e primeiro ENCEUL (Encontro Nacional dos Centros Universitários de Línguas). O evento, cuja abertura foi realizada na terça, dia 28, prossegue até o próximo dia 30 no Salão Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, no campus da Praia Vermelha. 

No primeiro dia do evento, participaram representantes de universidades de diversos países, como México, França, Argélia e Portugal. O tema de discussão do Fórum Mundial Heracles diz respeito, sobretudo, ao desafio de se expressar um diálogo étnico, político e econômico. As apresentações deixaram claro que o domínio do idioma pode ser um elemento facilitador para a troca intercultural em larga escala entre os países. Por esse motivo, o funcionamento dos centros de línguas esteve no centro das discussões.

O ano França-Brasil

O Conselheiro de Cooperação e Ação Cultural da França, Pierre Colombier, abordou a importância da participação do Brasil como sede do fórum este ano, já que 2009 representa o ano França-Brasil.  “O ano de realização do evento  não poderia ser de melhor escolha, uma vez que mostra o quanto a cultura francesa está inserida no Brasil e permite que lidemos de forma saudável com essa pluralidade linguística no contexto de globalização. E esse fórum permite repensar o papel dos centros de línguas para que haja maior mobilidade entre os países”, afirmou.

Patrick Dahlet, adido da Cooperação Educativa da Embaixada da França, acrescentou que o objetivo também é trabalhar posteriormente em um projeto que permita enviar oito professores, de diferentes instituições, para um curso na França, visando à melhor capacitação profissional daqueles que vão ensinar a língua francesa.

A internacionalização das universidades foi abordada ainda pelo subdiretor de Relações Internacionais do Centre National des Oeuvres Universitaires et Scolaires – Centro Nacional das Obras Universitárias e Escolares (CNOUS). Esse é um fenômeno que envolve todo o futuro acadêmico e que vem crescendo a cada ano. Segundo ele, os centros de língua estão no âmago das questões internacionais, o que suscita uma preocupação que vai além do ensino do idioma, incluindo a questão de como receber os estudantes estrangeiros da maneira adequada. 

A primeira conferência do evento discutiu a “Elaboração de cursos de línguas profissionalizantes: contribuições da engenharia de formação”. O trabalho de Florence Mourlhon-Dallies procura pensar a pluralidade linguística contemporânea. “É preciso aplicar uma engenharia de formação, que seria uma pesquisa ou uma disciplina que diz respeito às particularidades de cada profissão em que se ensina o idioma, contribuindo para o aprendizado mais dinâmico e efetivo.”

Para que o objetivo da discussão seja cumprido, é necessário, segundo os participantes, que haja um ciclo colaborativo entre universidades e o treinamento da equipe, pensando e aplicando novas técnicas. A utilização de novos recursos tecnológicos é imprescindível.