A forte chuva que caiu sobre a Cidade Universitária no início da tarde dessa quarta-feira (15/4) atrapalhou a realização do evento do programa de qualidade de vida do Centro de Tecnologia (CT) na Tenda Engenheiro Lobo Carneiro. Além de começar com meia hora de atraso, poucas pessoas assistiram à palestra “Hipertensão e diabetes x qualidade de vida” concedida pelos enfermeiros João Batista Vieira Benício e Maria Heloisa Monteiro de Resende, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCCF).
No entanto, quem participou não se arrependeu. Os dois profissionais esclareceram as formas de prevenção e características das doenças. Na primeira apresentação, a enfermeira Maria Heloisa explicou as diferenças entre o diabetes do tipo 1 e do tipo 2. Segundo ela, no primeiro caso, é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Quando isso acontece é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. O diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.
— O diabetes pode ou não se manifestar, mas é uma doença que pode ser tratada e há prevenção. O que acontece é que, devido a maus hábitos alimentares e estilos de vida, as pessoas estão antecipando a manifestação da doença — disse ela.
Na outra parte da palestra, o enfermeiro João Batista Vieira Benício procurou passar as informações sobre a hipertensão de forma bastante didática. Ele distribuiu entre os presentes folhetos com orientações para tratamento e prevenção da doença. O enfermeiro deixou claro que a hipertensão é uma doença silenciosa, pois muitas vezes apresenta sintomas comuns a tantas outras doenças.
— Verificar a pressão com relativa frequência, pelo menos uma vez ao mês se há histórico familiar da doença ou a cada seis meses, em um posto de saúde é a forma de detectar a hipertensão — recomendou ele.
Em ambas as doenças os fatores de risco são bem semelhantes. Sedentarismo, obesidade, má alimentação e estresse contribuem de forma decisiva para que tanto a hipertensão como o diabetes se manifestem. Os palestrantes alertaram para a necessidade de alterações na rotina, com a inclusão da prática de atividades físicas e também uma reeducação alimentar, dando preferência a alimentos menos gordurosos e calóricos.
Embora estivessem previstos testes de glicemia e mensurações da pressão, eles foram suspensos. O público, porém, pode desfrutar de um brunch com diversos alimentos saudáveis. O evento foi realizado pelo CT em parceria com a COPPE (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia) e o PSIhU (Programa Social de Integração Humana).