Fazer com que os espaços da UFRJ sejam acessíveis às pessoas com deficiências físicas, sensoriais e cognitivas. Esse é o objetivo geral do projeto Levantamento, Análises e Propostas para a acessibilidade de pessoas com deficiência aos espaços da UFRJ, apresentado por Íris Mattos, Mariana Soveral e Nayara Vian, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ.
A pesquisa fundamenta-se na análise do interior dos prédios da Cidade Universitária e de seu entorno. Segundo o trabalho, a infra-estrutura dos edifícios não atende às necessidades das pessoas com deficiências. O acesso ao prédio de Educação Física, por exemplo, é vertical e feito exclusivamente por escadas; as rampas têm 20% de inclinação estando fora do padrão exigido por lei; e as bancadas possuem altura maior que a permitida.
Já o acesso de pessoas com deficiência ao auditório do Centro de Tecnologia é feito por uma porta lateral, o que configura uma forma de exclusão social já que as outras pessoas tem acesso pela porta da frente. Na Reitoria, dizem as alunas, as bancadas têm altura inadequada e a iluminação é deficitária. Na Faculdade de Letras, a pesquisa aponta que as salas possuem estrutura de auditório, o que impossibilita o uso por cadeirantes.
Todas essas informações foram obtidas por meio de entrevistas com alunos portadores de deficiências e alertam para algumas das muitas dificuldades enfrentadas por eles todos os dias.
Íris conclui a palestra com a seguinte reflexão: “ Uma das melhores universidades públicas do país não está cumprindo com sua função democrática uma vez que sua infra-estrutura não atende as necessidades de uma grande parcela da população”. As alunas produziram um relatório que será entregue ao MEC.
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