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I Encontro de Centros Universitários de Línguas

Teve lugar na Faculdade de Letras, nesta quarta-feira, dia 28 de maio, o 1º Encontro de Centros Universitários de Línguas. A iniciativa da adida de cooperação para língua francesa, Françoise Chambeu, reuniu representantes dos centros de línguas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) e UFRJ para analisar a situação atual destes núcleos mediante a apresentação das respectivas estruturas pedagógicas e administrativas.

Segundo Françoise Chambeu, o evento multilíngüe e inter-universitário objetivou a integração destes centros para a melhoria da qualidade do ensino de idiomas que apresenta, na UFRJ, um aumento de demanda significativo por parte de estudantes não especializados vindos de outros departamentos, que não o de línguas. Chambeu expressou seu desejo pela criação de uma rede entre centros lingüísticos nacionais e internacionais para a promoção da mutualização da fonte didática e de pesquisa.

Representantes de cada universidade participante explicaram o funcionamento de seus centros de línguas na mesa-redonda Situação Atual e Perspectivas dos centros de Língua.

A representante da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) falou de seu Cursos de Línguas para a Comunidade (CLC) que surgiu como resultado dos projetos de extensão do Departamento de Línguas e Letras em 1997. Explicou que o CLC é voltado para formação dos alunos dos Cursos de Letras e a toda comunidade.  São oferecidos cursos de inglês, italiano, espanhol, francês, alemão e português-redação e para estrangeiros a baixo custo. O centro custeia programas de fomento à pesquisa e a formação continuada de professores, funciona como uma incubadora de professores.

Os alunos de línguas da UFES têm a oportunidade de estagiar como professores no CLC e todo ano quatro estagiários são selecionados para um curso no exterior pelo qual podem se aperfeiçoar. Além dessa atuação acadêmica, 60% das vagas para os cursos de idioma são destinadas a alunos do ensino médio da rede pública.

O CLC também recebe, através de convênio com a Universidade de Kansas, EUA, alunos estrangeiros que vêm ao Brasil no período das férias de meio de ano para aprender português. Os cursos estão tendo uma grande demanda, hoje o CLC conta com aproximadamente sete mil alunos inscritos, dentre os quais 10% são bolsistas.

Um projeto mais recente é o Instituto de Pesquisa e Ensino da Línguas (IPEL) da PUC-Rio. Criado em 2001 e vinculado ao curso de letras, o IPEL é um centro de aprendizado que atende principalmente a alunos, professores e funcionários da instituição, mas que também oferece consultoria a empresas e cursos para a comunidade em geral e escolas. Como perspectiva a PUC pretende iniciar cursos de hebraico moderno para atender a crescente comunidade judaica em seus campi e também oferecerá cursos de idiomas para alunos do ensino médio da rede pública em seu novo campus em Caxias.

Uma novidade, que é reflexo dos movimentos da economia mundial, é a criação do curso de norueguês a pedido do consulado da Noruega.  Por ser grande exportador de petróleo e possuir interesses em comum com outros países exportadores, como o Brasil, este país se interessou pelos cursos ligados ao petróleo da PUC e enviou professores à universidade.

O evento se estendeu durante a tarde com a realização de mesas-redondas e uma conferência intitulada A evolução didática das línguas: Relato de uma experiência no Rio de Janeiro proferida por Ângela Correa, professora de língua francesa do programa de pós-graduação em letras neolatinas da UFRJ.