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Instituto de Química discute D. Pedro II e a Universidade do Brasil

 Os calouros do Instituto de Química da UFRJ (IQ/UFRJ) puderam conhecer, na última terça-feira dia 4 de março, um pouco mais sobre a história da Universidade na qual acabam de ingressar. O professor Carlos Alberto Filgueiras ministrou a aula inaugural com o tema “D. Pedro II e a Química”.

O professor explicou como o Imperador se tornou o principal protagonista na criação da Universidade do Brasil, uma tarefa trabalhosa, uma vez que contrariava os interesses de grande parte da aristocracia da época. O professor citou o filósofo positivista Miguel Lemos, que publicou um texto de reprovação ao projeto do Imperador, considerando-o extravagante e sem propósito. Ele acreditava as sete Escolas Superiores que haviam no país eram mais que suficientes para satisfazer as necessidades do país, o que era obviamente um equívoco.

– Poucos tiveram importância semelhante a de D. Pedro II para a ciência no Brasil -, afirmou o professor Carlos Alberto.

O professor contou aos alunos que o Imperador mantinha, com apenas 20 anos de idade, um laboratório pessoal onde ocupava boa parte do seu tempo em experiências de ciência e química. Além disso, D. Pedro II também incentivava financeiramente jovens cientistas como João Tibiriçá Piratininga, o primeiro cientista brasileiro de renome internacional, que acabou virando governador de São Paulo.

A obsessão do Imperador pelas ciências também era levada para dentro de casa. Professor Alberto nos conta que o Imperador submetia suas filhas a uma rigorosa rotina de estudos, que partia das sete da manhã às nove horas da noite, com estudos de Física, Química, Matemática, Português, Inglês, Francês, Italiano, Alemão, Latim, Música, entre muitos outros.

Por fim, o professor contou a história de Dionísia Gonçalves Pinto, a Nísia Floresta. A educadora é conhecida como a pioneira do feminismo no Brasil e por ter criado no Rio Grande do Sul o primeiro colégio para meninas, coincidentemente no mesmo ano da criação do Colégio Pedro II.