O jornal O Dia publicou, no último domingo, 02 de dezembro, matéria intitulada “Reitor da UFRJ emprega parentes e contrata até a firma da família”. Por exclusivo respeito à comunidade acadêmica e para seu pleno conhecimento, sente-se a Reitoria na obrigação de prestar esclarecimentos."> O jornal O Dia publicou, no último domingo, 02 de dezembro, matéria intitulada “Reitor da UFRJ emprega parentes e contrata até a firma da família”. Por exclusivo respeito à comunidade acadêmica e para seu pleno conhecimento, sente-se a Reitoria na obrigação de prestar esclarecimentos.">
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Reitoria repele matéria de “O Dia”

O jornal O Dia publicou, no último domingo, 02 de dezembro, matéria intitulada “Reitor da UFRJ emprega parentes e contrata até a firma da família”. Por exclusivo respeito à comunidade acadêmica e para seu pleno conhecimento, sente-se a Reitoria na obrigação de prestar esclarecimentos.
 O jornal O Dia publicou, no último domingo, 02 de dezembro, matéria intitulada “Reitor da UFRJ emprega parentes e contrata até a firma da família”. Por exclusivo respeito à comunidade acadêmica e para seu pleno conhecimento, sente-se a Reitoria na obrigação de prestar os seguintes esclarecimentos:

Entre 13 de novembro e 02 de dezembro de 2007, o repórter que assina o texto publicado solicitou à Reitoria, inúmeras vezes, informações a respeito da matéria em preparação. Em todos os momentos foi pronta, transparente e completamente atendido. Seus telefonemas foram acolhidos ou respondidos, as informações pedidas foram todas imediatamente fornecidas por meio eletrônico ou telefônico. Sua solicitação para uma entrevista com o reitor foi também atendida, sem dificuldades. Em 29 de novembro, às 14h, ele foi recebido pelo reitor no Gabinete da Reitoria, onde lhe foi concedida a entrevista. Na ocasião, o reitor convidou o repórter — ex-aluno da Escola de Comunicação da UFRJ — a conhecer todas as áreas da Administração Superior e a nelas permanecer pelo tempo que desejasse, para formar um juízo mais correto da gestão da Reitoria. No mesmo dia, foi conduzido pelo chefe de Gabinete do reitor para uma visita às instalações da Coordenadoria de Comunicação da UFRJ, onde lhe foram apresentados os servidores, os profissionais contratados e os alunos bolsistas que lá atuam, bem como lhe foi mostrado o conjunto das atividades, projetos e itens de comunicação produzidos. Depois de quase três horas de permanência no Gabinete, o repórter deixou a Universidade com quatro volumes com amostras das diversas publicações e outros produtos confeccionados e divulgados nos últimos quatro anos pela Coordenadoria de Comunicação da UFRJ.

Ainda que tenha contado com a plena cooperação da Reitoria, o repórter — pelas incorreções, escolhas e truncagens que comete na matéria publicada — revela tanto um desconhecimento elementar da universidade e um descuido com o trato do que foi informado, quanto permite que se presuma a interferência de uma intenção de atingir política e eticamente a administração da universidade. O tom sensacionalista dos títulos, subtítulos, olho e gráfico esquemático; o sarcasmo de certas afirmações; a escolha da foto — de arquivo do jornal, diga-se, já que o repórter não estava acompanhado de fotógrafo —; a qual, em combinação com o conteúdo da matéria, sugere, para o leitor desavisado, uma atitude cínica do reitor durante a entrevista. Tudo é auto-explicativo das intenções da reportagem.

Há elementos, ademais, para supor que a abordagem denuncista da matéria tenha sido motivada não pelas boas práticas do jornalismo investigativo, mas, ao contrário, que tenha origem e vinculações internas à universidade. Não fora a revelação do repórter, durante a entrevista concedida pelo reitor, de que “essas informações chegaram à redação”; os nomes citados, a “colagem” enviesada e maliciosa de dados da administração fornecidos ao jornal, a insinuação de motivos para alegadas práticas administrativas irregulares, entre outros indícios, revelam a possibilidade de participação de indivíduos pertencentes aos quadros da universidade no processo que culminou com a publicação da matéria em questão.

O fato — se de fato o for — não importa pela identificação da autoria das pretensas “denúncias”, mas pela desqualificação a que estariam sujeitos o gesto e o conjunto mal-arrumado das “informações” divulgadas. Tanto pelo anonimato quanto pelo deslocamento da questão para fora do âmbito universitário, antes de sua apreciação interna, a iniciativa mostraria intenção política de atingir a administração superior da universidade. As motivações para isso poderiam ser encontradas no curso do trabalho até aqui realizado pela Reitoria. São públicas, afinal, as ações que a administração vem empreendendo, nos últimos anos, para sanear situações administrativas incorretas e condições acadêmicas anômalas em algumas unidades e setores técnicos e administrativos da Universidade. Do afastamento de dirigentes à dispensa de pessoal, têm sido várias as medidas da administração que, ao mesmo tempo em que corrigem erros em benefício da coletividade, contrariam interesses restritos e modificam posições há muito consolidadas por alguns indivíduos.

A Reitoria vem pautando a sua atuação pelos bons princípios da administração pública — legalidade, moralidade, publicidade — e deles não se afastará. É a correta observância desses princípios que nos permitirá seguir adiante, em consonância com a vontade manifesta da maioria da comunidade universitária, na construção do grande projeto de reestruturação e expansão da UFRJ, que a tornará mais adequada aos desafios da ciência contemporânea e mais próxima dos anseios da sociedade brasileira por uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Por tudo, a Reitoria lamenta e repele esse tipo de iniciativa e de tratamento das questões universitárias e reitera que está — como sempre esteve — inteiramente à disposição das instâncias e dos mecanismos de verificação e de controle da gestão pública, internos e externos à Universidade.

Reitoria da UFRJ