Quem usa a internet com freqüência sabe o quanto é desagradável abrir a caixa de e-mail ou a página de recados do Orkut, por exemplo, e encontrar por lá propagandas e textos pelos quais você não esperava.
O chamado spam, mensagem eletrônica indesejada pelo destinatário, foi tema de um dos trabalhos apresentados no primeiro dia da XXIX Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Centro de Tecnologia. O evento teve início ontem, dia 9 de outubro, e ocorre até a próxima quinta-feira (11) em toda a Universidade.
Diogo Menezes – estudante de Engenharia de Computação e Informação da Escola Politécnica (Poli-UFRJ) e também bolsista de Iniciação Científica pelo Grupo de Teleinformática e Automação (GTA-UFRJ) – apresentou uma “Análise da Distribuição Geográfica e do Idioma de Spams”. O objetivo de seu trabalho é estudar o comportamento dos spammers (pessoas que enviam tal conteúdo indesejado), observando o país de origem e o idioma das mensagens.
De acordo com o estudante, os spams correspondem a mais de 2/3 do tráfego de informação via correio eletrônico que circula na rede mundial de computadores. Isso causa prejuízos aos provedores – cujos recursos, como a memória das máquinas, são consumidos – e àqueles que perdem seu tempo ao deletar mensagens que não solicitou.
– O envio de spams é um novo modelo de negócios: 10% dos usuários da internet já compraram algo anunciado em um spam -, informa Diego. Foram feitos testes no GTA-UFRJ que mostram a quantidade absurda de mensagens nada bem-vindas que circulam na rede. Das quase 900 mil mensagens analisadas, 853.492 eram spams.
Cruzando as informações geográficas e lingüísticas das mensagens eletrônicas estudadas, o aluno observou que estas provêm de diversos países do mundo, de forma mais ou menos uniforme, e que o idioma predominante é o Inglês. No estudo geográfico, o Brasil foi o país que apresentou o maior número de mensagens legítimas (que não são spams).
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