O Laboratório de Pesquisas Costeiras e Estuarinas (LABCOEST), do UFRJmar, está presente nas atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia expondo exemplos da fauna marinha da Baía da Guanabara. Raquel Neves, estudante do 6º período de biologia marinha da UFRJ, faz parte do projeto e explica um pouco sobre ele: “O laboratório existe desde 2005. Nós fazíamos monitoramento da Baía da Guanabara, analisávamos seu ambiente marinho. Este programa terminou, agora estamos com dois pólos de pesquisa, um em Cabo Frio e outro em Macaé.”
De acordo com Raquel, a coleta para a Semana foi feita ontem, dia 3, na Praia Vermelha. “Deixamos os animais o menor tempo possível dentro dos aquários, para o ambiente artificial não os afetar. Após a exposição, nós vamos devolvê-los a seus locais de origem.”
O Laboratório se apresenta em um espaço dividido em dois compartimentos, um tem aquários e outro tem lupas e microscópios. Na sala dos aquários há anêmonas, ouriços, baiacus, conchas e diversas outras espécies. Segundo a estudante, o objetivo de apresentar estes animais, mais que produzir conhecimento, serve para induzir à preservação. “Há pessoas que chegam dizendo detestar ouriços porque machucam seu pés quando vão à praia, crianças chegam dizendo que matam todos os caramujos que vêem pela frente, mas nós ajudamos a elas entender a importância destes animais para manter o equilíbrio ambiental.”
Na outra sala, os visitantes podem observar pelo microscópio animais pequenos e aspectos interessantes nos corpos de animais maiores. Há bioindicadores e espécies pouco conhecidas do público, para despertar maior interesse. Esta costuma ser a seção favorita das crianças, todas deslumbradas ao manusear os instrumentos. Nesta ala, eles explicam a utilidade dos bioindicadores, explicitam padrões de comportamento no ambiente marinho e, em situações adversas, auxiliam na redução do impacto ambiental.
Carolina Decina, professora de Biologia no Ensino Médio, ressaltou a participação deste projeto na Semana de Ciência e Tecnologia ser válida porque também é uma forma de aproximar o aluno da realidade: “Eles visualizam aqui coisas diferentes de seu dia-a-dia. Ver o animal em fotos é bem diferente de vê-lo vivo e ao vivo.”
Estudantes que acompanhavam a professora também aprovaram o laboratório. Ricardo Medeiros e Patrícia Peixoto, estudantes do Colégio Santa Rosa de Lima, em Botafogo, gostaram de tudo o que foi apresentado no projeto. Só divergiram em um ponto: enquanto Ricardo preferiu a sala dos microscópios, Patrícia achou os aquários mais interessantes.
Todas as apresentações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia são interessantes e vale a pena conferi-las. Na UFRJ, a programação segue até o próximo sábado, 6 de outubro, no Hangar da Cidade Universitária.
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