O livro “Acolhendo crianças e adolescentes: experiência de promoção de direito à convivência familiar e comunitária no Brasil” foi lançado pela Faculdade de Educação (FE), dia 26 de abril, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). O evento comemorativo, organizado pelo setor de extensão da FE, abriu espaço para os autores do livro debaterem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), família, escola e comunidade.
Renato José de oliveira, diretor da FE, abriu o evento elogiando a iniciativa. “Eventos como esse permite que a gente ponha em prática o que muitas vezes só fica no discurso, que é a valorização do tripé ensino, pesquisa e extensão”, diz.
Sobre o livro, o diretor declarou admirar a escolha da palavra “acolhendo” para o título. “Sou da posição de luta contra a tendência do ‘recolhimento’ de adolescentes e crianças marginalizadas. Não se resolve problema social assim. Faltam políticas públicas no Brasil para suprir a desassistência de nossas crianças”, revela Renato.
Entre os palestrantes, estavam Luciene Naif e Rachel Baptista, pesquisadoras do CIESP; Irma Rizzini, professora da Faculdade de Educação da UFRJ; e Luiz Bazílio, da Faculdade de Educação da UERJ.
A Professora Irma apresentou sua pesquisa sobre a experiência de promoção do direito à convivência familiar e comunitária no Brasil, realizado entre 2004 e 2005. Partindo do artigo 19 do ECA, a pesquisa questionou formas de assegurar o direito da criança e adolescente da convivência familiar e comunitária segura. Segundo Irma, o principal problema dos trabalhos que lutam por esse direito é a desarticulação.
Rachel Baptista, que teve sua tese de mestrado voltada para essa área, apresentou a proposta do programa de acolhimento familiar para as crianças que sofrem violência doméstica. A professora explica que quando há a necessidade de saída da criança de sua família de origem, há um encaminhamento para uma “família acolhedora”, que voluntariamente acolhe em seu espaço familiar.
– É importante a criança conviver em família. Não sou a favor da abolição dos abrigos. Só colocamos no livro que eles devem ser acolhedores e não recolhedores – explica Rachel.