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O estado da arte

O estado da arte

agencia1274T.jpgO reitor visitou, no dia 17 de junho, a Escola de Belas Artes – EBA, cumprindo mais uma agenda da Reitoria Itinerante. Numa sala com os representantes dos departamentos da Escola, o reitor e sua equipe puderam ouvir as reivindicações mais urgentes.
Os principais problemas podem ser resumidos em falta de verbas e de espaço físico.
Segundo a diretora Ângela da Luz, “a Escola não pára e desenvolve projetos para a captação de recursos em suas áreas de atuação, no entanto, o reforço da reitoria no encaminhamento dos projetos é muito importante”.
A reunião seguiu com o depoimento de cada um dos chefes de departamento que trouxeram suas queixas e sugestões.
Na Oficina de Gravuras foi destacado que o ácido utilizado na produção dos trabalhos corrói o encanamento do prédio, mas esse problema poderá ser resolvido com ações junto ao programa de Coleta Seletiva de Lixo, do Instituto de Química. Esse programa poderá dar subsídios à Oficina de Gravuras para o tratamento do lixo químico.
Outro problema apontado com grave é a desatualização do parque de informática, o que impossibilita as atividades acadêmicas que necessitam desse instrumental. Além disso, a parte de áudio visual precisa de investimentos
Quanto a preservação de acervo de interesse artístico pertencente à Escola, a coordenação do Museu D. João VI anunciou sua participação no Programa Cultural da Petrobrás, através do envio do projeto: Memória da Arte Brasileira dos Séculos XIX e XX – revitalização do acervo da Academia Imperial de Belas Artes – Escola Nacional de Belas Artes. A professora Sônia G. Pereira entregou o projeto ao reitor, que estudará a contrapartida solicitada pela Petrobras, referente às obras no telhado e às instalações elétricas a serem efetuados pela UFRJ. Segundo o Pró-Reitor Joel Teodósio, tais obras estão contempladas no Plano Emergencial.
A EBA, apresentou na reunião, duas parceiras: a primeira com a PR-5 (Pró Reitoria de Extensão) visando atuar no projeto “Arte nas Escolas”, através do Departamento de História da Arte, sob a coordenação do professor José Augusto Fialho. Esse projeto estenderá o ensino da arte às escolas municipais da comunidade da Maré.
A segunda, com a Escola de Comunicação – ECO, no curso de Direção Teatral , através do Departamento de Indumentária e Cenografia. A parceria rendeu à Escola a recuperação de uma sala onde serão desenvolvidos trabalhos conjuntos.
Foi mencionado ainda o sucesso do curso aberto de História da Arte, que tem recebido alunos das mais diversas áreas da UFRJ, fazendo com que engenheiros, médicos, economistas se juntem aos alunos de artes.
O reitor ouviu atentamente, e observou:
“A produção da arte é por sua natureza acumulativa e eterna. Logo, a questão do espaço é crucial”. Dessa forma, o reitor defende a idéia de conceber uma nova sede para a EBA dentro de um Plano Diretor para a Universidade e sustenta a necessidade da Escola também dispor de um espaço no centro da cidade.
O reitor reforçou a necessidade da universidade repensar seu papel social, e essa é uma discussão que interessa a toda a sociedade brasileira. A fragmentação da UFRJ precisa ser superada para que possa se desenvolver de forma plena a integração acadêmica, indispensável à geração e difusão dos múltiplos campos do saber.
“Nós temos que discutir caminhos para a integração de recursos, espaços físicos e equipamentos”, concluiu Aloísio, ao término da reunião.