No último dia 27, às 18h, foi lançado no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ o documentário “O país é este”, dirigido pelo cineasta Zelito Viana. O documentário mostra pela primeira vez na TV os gráficos e números do Censo em imagens e animações. Uma forma inovadora de apresentar ao grande público as condições de vida, saúde, educação e renda levantadas pelo IBGE no Censo 2000. O vídeo conta com a apresentação de Marcos Palmeira, que desta vez é apenas Marcos Palmeira de Paula. O ator percorre vários municípios brasileiros para mostrar o país.
Para o diretor, escolher uma ator famoso para apresentar os densos números do IBGE foi uma inovação. “Obtive total liberdade para trabalhar, e como o próprio documentário já foi uma coisa inédita, resolvi inovar também usando um comunicador conhecido. Já para o ator, aceitar o convite não era só uma forma de não contrariar a vontade do pai – Marcos Palmeira é filho de Zelito Viana – e sim uma grande oportunidade de mostrar aos brasileiros o que é Brasil”. Esses números podem contribuir para acabar com os blefes de políticos. “Com os resultados obtidos pelo IBGE ninguém vai poder maquiar ou omitir a realidade”, justifica o ator em ano de eleições presidenciais.
Após a exibição houve um debate sobre os resultados do Censo 2000 com Sérgio Besserman, presidente do IBGE; Carlos Lessa, reitor da UFRJ; Regina Novaes, professora do ISER/IFICS; Wanderley Guilherme dos Santos, sociólogo do IUPERJ; Godofredo de Oliveira Neto, coordenador do Fórum de Ciência e Cultura e Dora Kramer, jornalista.
Para o professor Godofredo de Oliveira Neto “a maior universidade do Brasil se sente na obrigação de entender a coleta de dados como um elemento importante para o entendimento do Brasil. A universidade também reivindica o direito de fazer uma leitura destes dados. Para a UFRJ é fundamental a discussão sobre a coleta de dados pois ela é pesquisa, gera conhecimento”.
O debate “O Censo 2000” também faz parte da série de eventos que o Instituto de Economia da UFRJ vai promover de 26 a 30 de agosto para marcar o início das atividades do segundo semestre. O debate, seguido do lançamento do documentário, será aberto ao público e a entrada é franca.