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PLANO EMERGENCIAL

Um conjunto de reformas para “tirar a UFRJ do CTI”. A expressão, usada pelo novo reitor para referir-se ao Plano Emergencial preparado pela sua equipe, é um retrato bastante fiel do estado de calamidade em que se encontra a instituição.

Um conjunto de reformas para “tirar a UFRJ do CTI”. A expressão, usada pelo novo reitor para referir-se ao Plano Emergencial preparado pela sua equipe, é um retrato bastante fiel do estado de calamidade em que se encontra a instituição. Perigo de incêndio, de assaltos, água e esgoto sem devido tratamento, instalações elétricas precárias e um rosário de outros problemas são mencionados no documento entregue nesta quarta ao Ministro Paulo Renato, durante a cerimônia de posse de Carlos Lessa.
A redação do Plano, bem como as investigações técnicas que levaram a ele, ficaram sob responsabilidade do Vice, Sérgio Fracalanzza, ex-decano do CCS, que discutiu o conteúdo com a professora Maria Ângela, indicada para a prefeitura da UFRJ. Em entrevista ao jornal do Sintufrj na semana passada. Fracalanzza declarou: “o professor Lessa colocou como um dos pilares de sua campanha: dar condições dignas de trabalho e estudo para o corpo social da UFRJ. Em todos os locais que visitávamos havia uma reclamação imensa sobre condições de trabalho e instalações físicas.”
Para o Vice, um dos recursos para facilitar a viabilização do Plano está em sua organização modular, que permite a destinação precisa e imediata de verbas, ainda que menores do que o total estimado.

TELEJORNAL DO SBT MOSTRA ABANDONO DO CAMPUS DO FUNDÃO
O novo reitor da UFRJ esteve nesta terça, dia 9, no estúdio do Jornal SBT Rio, em entrevista ao vivo para a primeira edição. A entrevista fez o fechamento de uma ampla matéria realizada pela emissora com imagens do abandono do campus do Fundão. O SBT apresentou, ainda, declarações de professores, estudantes e funcionários preocupados com a falta de segurança dentro e fora dos prédios da UFRJ.
Indagado sobre como pretende enfrentar estas situações, Lessa reiterou sua confiança na aprovação do Plano Emergencial pelo ministro Paulo Renato como um meio de devolver à comunidade universitária a dignidade para o trabalho e a segurança de sua integridade física. Assegurando que as ações do Plano são estritamente necessárias, Lessa revelou a Renata Affonso, apresentadora, que um outro problema sério aguarda a nova gestão: a negociação de uma saída legal para o pessoal do Hospital Universitário, cuja complementação salarial estaria sendo indevidamente paga através do SUS. Ao ser indagado sobre uma possível paralisação do Hospital, Lessa disse não acreditar neste resultado, mas demonstrou preocupação com uma redução drástica no movimento e na qualidade do atendimento do hospital. “Seria uma perda inadmissível para a UFRJ e para a cidade do Rio de Janeiro”, disse o reitor nomeado, que encerrou a entrevista dizendo que iniciará conversações sobre o problema com as autoridades, assim que for empossado.