Com a presença de pesquisadores, professores, estudantes, empresários e autoridades do Executivo e Legislativo, ocorreu, nos dias 26 e 27/2, mais uma edição da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Mais de 500 participantes ocuparam a Sala Nelson Pereira, no campus do Gragoatá, para ouvir especialistas em temas diversos, como o complexo econômico e industrial da saúde, tecnologias de baixo carbono e transição energética, inovação pelo oceano, violência, cidade e metrópole, comunicação, divulgação científica e ciência básica.
Diversos especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estiveram entre os palestrantes ao longo dos dois dias do evento, organizado pela Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), em parceria com a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Institutos de Pesquisa MCTI – representados pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), representantes de universidades localizadas no estado do Rio de Janeiro, além da Prefeitura de Niterói e do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá.
Para a professora da UFRJ Ligia Bahia, também integrante do comitê organizador da SBPC, a Conferência “foi um marco virtuoso para as relações entre ciência e desenvolvimento social sustentável – a reunião de esforços para que o Rio de Janeiro lidere processos inovadores para a efetivação da cidadania e consolidação da democracia”.
O evento está inserido no contexto da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), que ocorrerá no mês de junho, em Brasília, com o tema “Ciência, tecnologia e inovação para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido”. Um mapa de ações será elaborado para apresentação no evento nacional.
Durante a abertura oficial em Niterói, o secretário-geral da conferência nacional, Sérgio Rezende, fez algumas ponderações sobre espaços para debater ciência no país. “Não temos conferência nacional há 14 anos e, nos últimos oito anos, tivemos uma situação muito difícil na ciência, com corte de recursos, com falta de apoio. Então, a retomada no governo do presidente Lula é muito grande. E ele determinou que o grande fundo nacional de ciência e tecnologia vai ser completamente utilizado para financiar a ciência.”
Rezende também apresentou uma visão promissora da retomada da ciência no Brasil. “A comunidade científica está passando por um rejuvenescimento. E isso é muito importante. Precisamos produzir ciência, atraindo jovens e fazendo com que os jovens formados fiquem no Brasil, pois nos últimos anos tivemos uma evasão de cérebros. Atualmente, está havendo uma retomada de investimentos, acompanhada por uma retomada de ânimo. Uma conferência como esta só se pode fazer quando as pessoas estão animadas, entusiasmadas. E é o que está acontecendo agora.”
Com informações da Superintendência de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense