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Pelo Campus

Elas na Física: exposição une interatividade e cientistas mulheres para explicar ciência

A mostra fica em cartaz na Casa da Ciência da UFRJ até junho de 2024

A exposição interativa  “Se liga, são elas na Física” explica experimentos científicos ao público por meio da voz de mulheres que revolucionaram a história da ciência. A mostra é uma parceria entre o Museu Interativo da Física (Ladif) e o projeto de extensão Tem Menina no Circuito, ambos do Instituto de Física (IF) da UFRJ. Em exibição na Casa da Ciência da UFRJ, no bairro Botafogo, a exposição fica em cartaz até junho de 2024. 

Destinada a todas as idades, a mostra conta com diversos experimentos interativos e instalações que explicam a ciência por meio da voz de renomadas cientistas e contam um pouco de suas contribuições na Física. A proposta da exibição é descomplicar a ciência ao público e evidenciar o potencial feminino no campo científico ao longo da história. Esse duplo objetivo é fruto da parceria entre o Ladif, que busca levar os visitantes a observar fenômenos da natureza a partir de experimentos interativos, e o Tem Menina no Circuito, uma iniciativa que visa despertar em meninas o gosto pela ciência. Para harmonizar as ideias de ambos em uma única exposição, a professora Miriam Gandelman, do curso de Física da UFRJ, conta que decidiram escolher cientistas mulheres para apresentar a exposição ao público. 

“Em cada sala, um conjunto de cientistas conversa com o público sobre os experimentos  e um pouco sobre a própria trajetória. O público é convidado a conhecer mais sobre os experimentos e as cientistas por meio de QR codes para um material mais completo. Na última parte da exposição, fizemos a sala da diversidade com uma série de cientistas e suas trajetórias”, conta a professora. 

A parceria entre as duas iniciativas do IF não foi por acaso: ambas estão comemorando seus aniversários. O Ladif faz 35 anos e o projeto Tem Menina no Circuito comemora seus 10 anos de atuação. Segundo a Miriam, esses dois projetos têm grande importância não só para o Instituto, mas também para o campo científico no geral. Isso porque, além de estimularem o gosto pela ciência nos públicos mais jovens, também a levam a locais que muitas vezes não dispõem de estruturas com laboratórios ou conteúdos mais lúdicos, estimulando, assim, a valorização da diversidade na área científica. 

“A ciência está em tudo na nossa vida, é colaborativa por natureza e depende do trabalho de muitos para evoluir. A exclusão de uma parte da sociedade deste processo já nos faz perder um grande potencial para a interação colaborativa e a criatividade”, finaliza.