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Cultura Pelo Campus

UFRJ abre vagas para estudar fora do país

Acordos com universidades estrangeiras garantem aprendizado internacional

Ter novas experiências e conhecer outras culturas e pessoas sem deixar de lado a trajetória acadêmica no Brasil: tudo isso é possível com os acordos de intercâmbio da Universidade Federal do Rio de Janeiro, uma das referências no país para enviar e receber estudantes. Os processos de intercâmbio são mediados pela Superintendência-Geral de Relações Internacionais (Sgri) da UFRJ, responsável por lançar os editais, selecionar os candidatos para as vagas no exterior e fazer a ponte entre o aluno e as instituições parceiras.

A Universidade possui parceria com mais de 130 instituições estrangeiras de ensino superior que recebem e enviam alunos, professores e técnicos-administrativos para uma vivência no exterior. Neste semestre, cerca de 300 universitários da UFRJ estão em diferentes lugares do mundo. Os estudantes podem frequentar, por até dois períodos, qualquer uma das instituições conveniadas, desde que exista um curso correspondente ao do Brasil e que tenham completado no mínimo 30% e no máximo 80% da graduação. É preciso buscar um edital dos programas de intercâmbio, verificar os critérios exigidos e se inscrever.

Sonho planejado e realizado

Maryna Soares é estudante da Escola de Belas Artes na UFRJ e, no primeiro semestre de 2023, teve aulas na Universidade Nacional de Cuyo, na Argentina. Ela afirma que, depois de aprovados, os alunos terão uma “experiência riquíssima”.

A estudante viu a neve pela primeira vez | Foto: Maryna Soares (Arquivo pessoal)

“Quando eu consegui, foi a maior felicidade da minha vida”, comemora.

Maryna em frente ao muro da universidade em que estudou na Argentina | Foto: Maryna Soares (Arquivo pessoal)

Desde o primeiro período, a estudante quis fazer intercâmbio, mas conta que inicialmente a ideia não foi bem aceita, até mesmo por seus familiares. “Tudo que é estranho, de primeira, ninguém te apoia. Todo mundo acha que é brincadeira. Minha família nunca saiu do Rio. Eu sou a primeira em muitas coisas”, conta. Sem condições financeiras de arcar com todos os custos de um intercâmbio, Maryna se candidatou ao programa da Associação de Universidades Grupo Montevideo (AUGM), em que a UFRJ oferece auxílio de mil reais para ajuda de custos referentes à passagem aérea. O AUGM leva estudantes de graduação e pós-graduação, docentes e servidores técnico-administrativos para o exterior.

O AUGM é um dos quatro programas de mobilidade que a Universidade oferece, que facilitam a troca com centros de ensino estrangeiros. Esses convênios garantem que os alunos não paguem taxas escolares, tenham visto de estudante e utilizem os créditos das disciplinas cursadas no exterior para o curso no Brasil. O aluno também pode buscar diretamente a instituição estrangeira, mas não poderá ter os benefícios ofertados pelos programas.

O processo

Os editais são bastante concorridos e geram muitas dúvidas. Alguns exigem do aluno a proficiência em língua estrangeira e as despesas de traslado, acomodação e custo de vida. Por isso, a diretora de mobilidade internacional da Superintendência-Geral de Relações Internacionais da UFRJ, Izabel Souza, destaca que tudo precisa ser bem planejado,  principalmente quanto aos documentos, que são fundamentais para a seleção dos intercambistas, além do Coeficiente de Rendimento.

A possibilidade de estudar fora do país ainda é desconhecida por muitos alunos e cercada de dúvidas. Izabel Souza, que é responsável por escrever os editais, reconhece que esses documentos não são fáceis de entender porque são abrangentes, tendo em vista que são direcionados aos mais de 70 mil alunos da UFRJ.

Entre os dias 2 e 31/10, estarão abertas inscrições para intercâmbio na Europa durante setembro de 2024 e julho de 2025. O edital destina-se a graduandos da Escola Politécnica, da Escola e do Instituto de Química, do Instituto de Matemática, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e do curso de Nanotecnologia.

Para saber mais sobre intercâmbios, acesse o site da Sgri.

*Sob supervisão da jornalista Vanessa Almeida