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UFRJ cria grupo de transição para nova Reitoria

Cássia Turci, vice-reitora eleita, coordena trabalhos

Pela primeira vez, a UFRJ criou Grupos Técnicos de Transição (GTTs) para reunir informações sobre a atuação dos órgãos e serviços que compõem a Reitoria e preparar os atos do reitor eleito, Roberto Medronho, para o mandato que irá de julho de 2023 a julho de 2027. A iniciativa se assemelha à do Governo Federal, que envolveu profissionais de diversas áreas a fim de diagnosticar a situação da gestão passada e guiar os próximos passos.

A coordenação geral dos trabalhos de transição é da vice-reitora eleita, Cássia Turci, e as atividades dos membros dos grupos são exercidas sem custos para a Universidade.

Nosso programa, que foi entregue no ato de inscrição da nossa chapa, tem 13 eixos temáticos e foi escrito a muitas mãos: docentes, técnicos-administrativos, discentes de graduação e pós-graduação, além de pessoas da sociedade civil que colaboraram com algumas questões relacionadas à UFRJ como um todo. Esse programa – como sempre falei nos debates – é dinâmico. Foi sendo enriquecido com as contribuições e sugestões que recebemos ao longo de todas as visitas que fizemos antes dos debates a diferentes estruturas da Universidade. A ideia é considerar o programa original, mais as contribuições que tivemos ao longo da campanha, incluindo os debates e enriquecer esse primeiro texto, que já estava muito bom”, afirma Turci.

Cássia Turci é vice-reitora eleita da UFRJ e coordenadora dos trabalhos de transição entre a atual e a futura gestão da Reitoria da Universidade | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

“Como o governo Lula fez aquela transição para os 100 primeiros dias, também queremos fazer algo similar para os primeiros meses da gestão. Sabemos quais são os principais problemas: a questão da infraestrutura física, incluindo rede wi-fi, TI, ações afirmativas, transporte etc. Assim, esses GTTs têm como objetivo nortear para a gente o que é mais essencial nesses primeiros meses da nossa gestão”, continua a vice-reitora eleita.

Segundo ela, a chapa eleita deseja fortalecer todos os setores, centros e campi para “uma universidade mais forte”.

“Consideramos que todos os centros, independentemente do número de unidades que eles têm, são igualmente importantes para que tenhamos uma universidade plena. Para mim, é uma questão básica que vamos perseguir durante nossa gestão”, frisa Turci.

Os grupos técnicos

Os GTTs estão organizados nestas grandes áreas:

  • GTT 1 – Gestão Acadêmica
    • Eixos: graduação, pós-graduação e pesquisa, inovação, extensão e interação com a sociedade, difusão cultural, científica e de saberes tradicionais e assistência e permanência estudantil.
    • Coordenadora: Maria Fernanda Quintela
    • Relator: Eduardo Mach
  • GTT 2 – Gestão Administrativa
    • Eixos: pessoal, infraestrutura, comunicação e informação, Complexo Hospitalar, campi avançados e meio ambiente e sustentabilidade.
    • Coordenadora: Neuza Pinto
    • Relatora: Vanessa Conceição
  • GTT 3 – Administração Central
    • Eixo: gestão democrática, inclusiva e plural
    • Coordenadora: Christine Ruta
    • Relatores: Eleonora Ziller e Fábio Hepp
  • GTT 4 – Organização da Cerimônia de Transmissão de Cargos
    • Coordenador: Rafael Acioli
    • Relator: Gabriel Guimarães

Cada grupo organizará as propostas do plano de trabalho apresentado na inscrição da chapa UFRJ para Todos, acrescentando outras que surgiram ao longo do processo eleitoral, e identificará as ações necessárias, assim como as áreas responsáveis e prazos de execução, para a elaboração de relatório final de transição. Além disso, os grupos reunirão informações relacionadas à sua área de atuação e farão um mapeamento das emergências, das medidas que precisam ser feitas em curto, médio e longo prazos e apresentarão proposta de nova estrutura organizacional, caso necessário.

Nomeação, posse e transmissão dos cargos da Reitoria

A nomeação de Medronho pela Presidência da República é aguardada para as próximas semanas. A posse ocorrerá em Brasília, em solenidade organizada pelo Ministério da Educação (MEC), e a cerimônia de transmissão dos cargos da Reitoria está prevista para acontecer no dia 28/7, no Auditório Horta Barbosa, no Centro de Tecnologia (CT).

Quem são o reitor e a vice-reitora eleitos

Reitor: Roberto Medronho, professor da Faculdade de Medicina

Roberto Medronho, da Faculdade de Medicina, foi escolhido pelo Colégio Eleitoral da UFRJ para ser o novo reitor | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Roberto Medronho, professor titular da Faculdade de Medicina (FM), hoje é coordenador do Laboratório de Epidemiologia das Doenças Transmissíveis. É também doutor e mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Graduado em Medicina pela UFRJ, o pesquisador fez residência médica em Medicina Preventiva e Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e em Pediatria pelo Hospital Federal da Lagoa. Foi diretor da FM de 2011 a 2020 e também do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc), além de ter coordenado o Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Pandemia de Covid-19 (GT-Coronavírus) da UFRJ. Veja currículo completo.

Vice-reitora: Cássia Turci, professora do Instituto de Química

Cássia Turci, do Instituto de Química, foi escolhida pelo Colégio Eleitoral da UFRJ para ser a nova vice-reitora | Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Cássia Turci é professora titular do Instituto de Química. Atualmente, é decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN). É doutora em Físico-Química pela UFRJ, com período sanduíche pela Universidade McMaster (Canadá), onde também fez seu pós-doutorado. Mestre em Química pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), tem três especializações; entre elas, uma na área de radiação pelo Centro Internacional de Física Teórica (Itália). A pesquisadora é graduada em Engenharia Química pela Escola de Engenharia Mauá. Foi diretora do Instituto de Química de 2004 a 2012 e de 2013 a 2017. Além disso, coordenou o Grupo de Trabalho (GT) Álcool, que funcionou durante o período crítico de covid-19 e produziu mais de 150 mil litros de álcool, gerando uma economia de cerca de R$ 1,5 milhão aos cofres da UFRJ. Veja currículo completo.